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domingo, 19 de julho de 2015

Entrevista com...Roberto Spínola, conduzida pelo prof. Fernando Gouveia

Entrevista com …
Roberto Spínola


Introdução - Roberto Spínola, natural do Funchal, nascido em 1974 e residente no Porto ocupando-se profissionalmente. como Caixeiro, integra a Direcção Técnica, do Novasemente Grupo Desportivo, sendo também seu Delegado.

Fernando Gouveia - Qual foi a sua decisão de seguir uma carreira desportiva e porque escolheu, o Badminton?
Roberto Spínola - Primeiramente queria agradecer, ao Professor pelo trabalho incansável que tem tido, pela divulgação da nossa modalidade.. 
Eu não escolhi o Badminton, mas ele veio ao meu encalço desde o momento em que, o meu amigo e vizinho Marco Vasconcelos começou a praticar e me perguntou se não queria ir também, e dai tudo começou.
FG - Conte-nos como foi sua trajectória até chegar ao Novasemente?
RS - Começou em 2011, quando após estar afastado da modalidade 20 anos e que procurei no Porto, clubes que praticavam a minha modalidade do coração, encontrei os Fãs de Gaia através, do Jorge Azevedo e comecei a praticar novamente e a ajudar nos treinos juntamente, com a Lúcia Ramires e após 2 anos, o Luís Pinto apresenta-me, um projecto ambicioso a longo prazo, que me levou a mudar de Clube e me dedicar mais ao ensino, divulgação e projecção da modalidade.
FG - Quais são os métodos que utiliza para dimensionar e controlar as cargas de treino dos atletas?
RS - O factor idade, sexo do atleta, como também a própria estatura e mobilidade, tentamos dinamizar e colmatar as necessidades quase individualmente dos atletas a fim de conseguirmos, o maior proveito das capacidades de cada um, também com ajuda do staff do clube a nível de fisiatras e outros, ao nosso dispor.
FG - Para que o treino seja planeado, organizado e conduzido com eficácia, é necessário conhecer-se o atleta, ou o grupo de atletas com que vamos trabalhar?
RS - Sem duvida, não digo que seja necessário sabes os ínfimos pormenores da vida deles mas quase!! O atleta tem que perceber que nós estamos presentes, para o ajudar e quanto mais tentar esconder informação ou impedimentos do foro psicológico ou físico, que comprometa o seu treino está a retrair a sua evolução e do seu grupo de treino.
FG - O que significa "comprometimento de atletas"?
RS - Significa que nos (Clube) temos, que estar preparados para ajudar os nossos atletas, que querem mais do Badminton e não só exigir, que o atleta nos dê o melhor dele.
FG - Atualmente como se realiza o seu trabalho?
RS - Nos não seniores, o Planeamento é efectuado com o Luís Pinto, em que mantemos e estudamos as falhas e virtudes dos mais pequenos e vamos ajustando, o planeamento consoante a carga de torneios, que o atleta se propõe a efectuar. Nos Seniores temos um trabalho diferente, eu e o Hugo Ferreira planeamos, a época consoante as necessidades, que são bem diferentes dos mais pequenos. Todo ele é feito sempre, por mais de uma pessoa, para que consigamos lhes dar uma visão mais ampla e mais opções de batimentos e táctica quanto possível.
FG - Qual o caminho que deverá ser seguida, no NGD para que a modalidade se desenvolva a longo prazo?
RS - Passa obviamente pelas escolas, em Espinho que é muita rica em crianças, terá de haver uma maneira de entrar e divulgar, que o Badminton é uma opção valida, para uma criança ter uma actividade desportiva, muito exigente sim, mas as pessoas têm de ter a coragem de experimentar e deixar as crianças escolher e não incutir.
FG - Que diferenças encontra, do tempo de praticante na Madeira, em relação ao presente? O que deveria ser efectuado para melhorar a actual realidade, da modalidade em Portugal?
RS - O que encontrei foi uma realidade muito diferente, alem do CAR que foi uma boa surpresa, quando estive lá pela primeira vez, mas infelizmente com menos gente, eu não tenho a solução mágica, para trazer o badminton ao patamar onde deveria estar, mas uma palavra tenho a dizer, aos intervenientes no Badminton, entreguem se de corpo e alma ao Badminton, no tempo que lhe dispõe e isso sim, traz gente e contagia os outros, a descriminação não. 
FG - O sacrifício é grande para se formar um atleta com qualidade competitiva?
RS - Hoje em dia sim, pela ausência de adversidades de situações do dia a dia que antigamente existia julgo eu, por passarmos mais tempo com os amigos, a rotina diária é feita, a maior parte do tempo sentada, devido à carga horaria escolar, isso tudo faz com eles cheguem ao fim do dia esgotados e meio adormecidos, exige muito mais de nos manter o dinamismo e o foco em alta num treino, mas com as pessoas correctas e com objectivos traçados, tudo segue em bom rumo.
FG - O que devem fazer os pais quando percebem que seus filhos possuem talento?
RS - Devem ser isso mesmo, pais devem apoiar, confortar e tentar perceber, se os seus filhos estão feliz e bem entregue no meio desportivo e no clube que representa. Devem de pensar, que a vida desportiva não acaba aos 18 anos e que o talento devera ter tempo para crescer, só assim se fazem atletas com futuro.
FG - Como as crianças enfrentam a derrota?
RS - Muito dramaticamente, mas muitas delas já com a consciência que se querem mais têm, que nos dar mais no dia a dia, pois o que lhes leva a perder são pormenores que no dia a dia são julgados como chatos e sem sentido.
FG - Como as crianças encaram a derrota?
RS - Um grande abraço bem apertado e uma conversa por vezes de motivação por outras de descompressão. Geralmente sou mais ouvinte e só depois quando estou com cabeça mais fria tento analisar junto com eles os porquês da mesma. 
FG - Quais são os erros mais comuns dos pais, relativa à formação desportiva dos seus filhos?
RS - A glória máxima, o mais rápido possível chega a ser suplantado pelo timing em que se encontra a evolução do próprio atleta, nós queremos formar atletas e seres humanos fortes, mas com futuro não autómatos. É o que vejo em quase todas as modalidades.
FG - O que acontece quando um menino talentoso no desporto começa a se achar uma “estrela”?
RS - Com a glória tem que vir responsabilidade acrescida e isso ensina-se e treina-se, muitas vezes acontece o oposto levando ao desleixo e desmazelo.
FG - Apesar de o Badminton não ser um desporto, muito popular em Espinho, tem vindo a crescer, com os resultados, que os atletas do NGD têm alcançar?
RS - Já vai sendo conhecido porque estamos, numa luta para nos afirmarmos em que nos recusamos baixar os braços, por isso os resultados vão aparecendo e as pessoas acreditam em nós e cada vez temos mais atletas a querer experimentar, os resultados são necessários mas não a prioridade, o dever social que temos com Espinho é muito grande e reconhecido pela autarquia que confia em nós, queremos um espaço em que possamos jogar e experimentar Badminton, a qualquer hora do dia e que as crianças do ATL e Pré-Escola possam lá ir, a qualquer hora como existe na natação e outros desportos.
FG - O Badminton ainda é um desporto pouco conhecido em nosso país. O que poderia ser feito para que se tornasse mais popular?
RS - Mais espaços, mais gente com vontade de divulgar e não baixar os braços, trazer amigos a praticar só por diversão, juntar mais Desporto Escolar à competição, abrir portas nas escolas, a professores de Educação física, que estão um pouco ao abandono a nível de acompanhamento, e só muito depois no meu ver passar aos media, por eu achar, que o passar a palavra e a boa vontade ainda é mais forte.
FG - Qual a sua avaliação, sobre o blog Linhas & Finas/ + Badminton?
RS - Nota 20 pelo empenhamento e constante evolução na criação de noticias e divulgação internacional do Badminton Português.

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