Entrevista com …Vítor Ferreira
Introdução - Vítor Ferreira, atleta Sub-17 da Associação Académica de Coimbra, natural de Sé Nova e residente em Coimbra é estudante do 11º na Escola Secundária Infanta Dona Maria.
Vítor Ferreira após, a 2ª Jornada Nacional, da época desportiva de 2015 / 2016 está ordenado, no "Ranking Nacional / Sub-17", no 4º lugar em Singulares Masculinos e em 2º lugar nos Pares Mistos, com a sua colega Ana Folques.
Fernando Gouveia - Onde começaste e como foi o teu interesse pelo Badminton havendo em Coimbra muitas outras modalidades?
Vitor Ferreira - Comecei a praticar Badminton no Desporto Escolar da Escola Eugénio de Castro, por altura em que comecei o 5º ano. Na minha infância tive a oportunidade de experimentar várias modalidades mas nenhuma me cativou como o Badminton, foi assim, que experimentei e quis continuar.
FG - Tens familiares que também praticam ou praticaram Badminton?
VF - Infelizmente e apesar das minhas tentativas nenhum dos meus familiares pratica Badminton, embora o meu irmão já tenha tido uma altura em que praticou, mas apenas de uma forma muito recreativa.
FG - E como é o teu dia-a-dia?
VF – Os meus dias começam com aulas pela manhã tendo em alguns continuidade pela tarde, subsequentemente sigo para o treino (com a excepção de um dia). Após o treino e quando posso aproveito para estar com amigos e com a namorada, mas em grande parte deles regresso a casa para estudar e descansar.
FG - Faz uma avaliação da época desportiva 2014 / 2015, em termos competitivos e quais os teus planos para 2015 / 2016?
VF - A época desportiva 2014/2015 foi de grande importância para mim, pelas experiências positivas e negativas que tive e pela aprendizagem que delas retive. Em termos de resultados não foi muito recheada, mas foi constituída por pequenos objectivos atingidos. Para 2015/2016 penso que seria um bom objectivo acabar a época em lugares iguais ou superiores aos quais me encontro agora, tendo noção da exigência que estes objectivos carecem. O meu objectivo delineado desde o início da época é acabar o ano numa posição no ranking que me permita jogar na categoria de Absolutos na próxima época. É claro que dentro das posições que permitem este objectivo vou procurar sempre atingir a mais elevada.
FG - Qual a sensação, por teres participado no Convívio de Natal da Secção de Badminton da AAC?
VF - Na AAC é vivido um clima e uma relação entre todas as pessoas, que apenas estas sabem descrever. Desde os mais novos aos mais velhos, passando por todos os pais e por todos os antigos membros que não podendo estar no dia-a-dia da AAC sabem como este é constituído. O Convívio de Natal da Secção de Badminton da AAC é um dia em que todos (ou quase todos) os membros estão reunidos. Aliando este facto à altura festiva celebrada temos a perfeita combinação para um dia bem passado, com a nossa família preta e branca. Este ano o Convívio teve uma organização excelente e que merece todo o nosso reconhecimento, o que proporcionou uma experiência única.
FG - Quais as principais razões para os agradáveis resultados que tens vindo a realizar?
VF - Os resultados são consequência das horas e da qualidade das mesmas que são dedicadas a evoluir e a treinar. Para além do meu trabalho existe também um trabalho incrível por parte da nossa direção, que tenta ao máximo dar-nos o maior número de oportunidades, cabe a cada atleta saber como as aproveitar.
FG - Tal como muitos atletas és estudante. Como concilias estas duas actividades?
VF - Como muitos têm referido é difícil conciliar as duas coisas. Tento ao máximo aproveitar todas as oportunidades que tenho para treinar e estudar. Mesmo quando um treino me deixa de rastos, quer a nível físico quer a nível mental, tento sempre tirar o máximo das minhas horas de estudo, o que por vezes é bastante duro. Sendo que a escola é a nossa actividade principal, para podermos treinar temos que saber estudar também.
FG - Quais as diferenças da competição e do treino? São completamente diferentes?
VF - No treino são recreadas situações que não encontramos em torneios e em torneios encontramos situações que não conseguimos recrear em treinos. É certo que especialmente em exercícios fora do campo, como treinos de velocidade ou força, a semelhança a torneios diminui. Penso que a maior semelhança reside na forma mental como encaramos os treinos e os torneios. É absolutamente fundamental que em todos os treinos sejamos capazes de nos superar (quer em situações de treino técnico quer em situações de treino físico), uma vez que conseguido isto nos treinos estaremos mais perto de transportar este estado mental para os torneios e isso por vezes é determinante.
FG - Quantos treinos efectuas por semana, com a duração de quanto tempo quem é o teu treinador?
VF - Eu efetuo por semana 4 treinos (não contando com trabalho físico feito fora do contexto de treino) e a duração dos mesmos reside numa média entre duas a três horas. O meu treinador é o Diogo Silva, sendo que também sou treinado em algumas vezes por outros técnicos e atletas, que em certas circunstâncias assumem esta função.
FG - Quais foram as melhores competições que consideras como inesquecíveis?
VF - Destaco a nível da experiência, a participação nos 7ºs Campeonatos Internacionais de Juniores de Portugal, os Campeonatos de Desporto Escolar e um Zonal do ano passado. A nível de resultados destaco com especial sabor a participação nas Equipas Homens Seniores, uma Jornada Nacional, deste ano e o Campeonato Nacional de Desporto Escolar do ano passado.
FG - Qual é a importância do desporto na tua vida?
VF - O desporto toma grande proporções na minha vida e considero-me uma pessoa bastante activa. Para além do Badminton gosto de praticar outros desportos por lazer e tento ao máximo que em todos os meus dias haja um momento em que exercite o meu corpo, não só por benefícios relacionados ao Badminton mas também por prazer pessoal. Para além dos benefícios do desporto, considero-o de extrema importância devido ao que o desporto nos ensina e devido à relação entre praticantes que este fomenta.
FG - O que achas da tua relação, com os colegas da AAC e com os atletas de outros clubes?
VF - Como já referi anteriormente, a relação vivida na AAC entre todos os membros é simplesmente incrível, sem excepções. As minhas relações com atletas de outros clubes apesar de estas não serem muitas, são realmente boas e importantes para mim.
FG - Qual o teu grande sonho como atleta?
VF - Como muitos outros atletas já foram referindo, um grande sonho seria uma qualificação Olímpica ou a participação nos Campeonatos do Mundo. Claro que isto é extremamente difícil, mas sonhar não custa e o que tenho de fazer é trabalhar até que estes sonhos se tornem objectivos. Até lá tenho imensos objectivos mais “palpáveis” e é a eles que me vou agarrar.
FG - O que mais gostas de ler, no blogue Linhas & Finas +/ Badminton e qual a tua avaliação sobre o maior jornal de Badminton em Portugal?
VF - O que mais gosto de ler no blogue Linhas & Finas/+ Badminton são as entrevistas aos atletas assim, como os resultados e resumos de participação de atletas portugueses no estrangeiro. É de extrema importância haver um jornal assim, tanto para as pessoas relacionadas com o Badminton, como para a divulgação da mesma. Todas as iniciativas que este promove, com especial destaque às celebrações de atletas, treinadores, árbitros e clubes são credoras da minha distinção e reconhecimento.
FG - Desde o início desta temporada tens vindo a evoluir em termos competitivos. Qual a razão dessa situação?
FV - Não existem atalhos para os resultados, o único caminho como já referi anteriormente é o trabalho árduo contínuo, quer por parte do atleta quer pelo treinador e direcção do clube. Penso que o meu trabalho está a começar a reflectir-se naquilo que é a minha participação em competições, isto contribui para uma evolução em termos competitivos.
FG - Para terminarmos esta entrevista, gostaríamos que nos falasses do futuro, como atleta e como estudante?
VF - Felizmente a cidade de Coimbra permite-me que continue a treinar na AAC enquanto prossigo os estudos da escola para a Universidade de Coimbra, e é isto que quero fazer. Enquanto estudante estou ainda à procura da resposta para aquilo que serão os meus próximos anos. Posso afirmar quase com todas as certezas, que será algo no ramo das engenharias, o que por si só é muito vasto mas é já um começo.
FG - Gostarias de fazer algum agradecimento a alguém que te tem ajudado?
VF - Quero agradecer especialmente ao meu treinador Diogo Silva. Por tudo aquilo que ele tem sido para mim tanto dentro como fora do campo. Ele que tem um trabalho incansável como Presidente da Secção, como treinador e como atleta, e que por muitas vezes não se reconhece da forma que devia. Se há um motor por trás daquilo que o meu grupo de atletas é e será, é devido ao trabalho de cada um e ao trabalho do Diogo. Ele que nos arranja todas as oportunidades possíveis, que nos ensina o que é ser AAC e que está ao nosso lado em todos os momentos. Como também já referi cabe a cada atleta aproveitar o esforço do Diogo da forma que acha melhor, quanto a mim tento aproveitar tudo o que ele tem para nos dar, retribuindo-lhe de certa forma a dedicação que tem para connosco. Todos os nossos resultados são tanto nossos como dele.


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