Introdução - Francisco Oliveira, atleta Sub-17 da Associação Académica de Coimbra, natural de Tomar e residente em Gavinhos (Penacova) – Coimbra, é estudante do 10º na Escola Secundária Quinta das Flores.
Francisco Oliveira após, a 2ª Jornada Nacional, da época desportiva de 2015 / 2016 está ordenado no "Ranking Nacional / Sub-17", em 3º lugar nos Singulares Masculinos e em 4º lugar nos Pares Masculinos, com o seu colega João Fernandes.
Fernando Gouveia - Com que idade começaste a praticar desporto e porque escolhes-te o Badminton?
Francisco Oliveira – Comecei a praticar desporto aos 5 anos, tendo iniciado a prática do Badminton aos 8 anos. Fui praticando diversas modalidades desportivas até aos 14 anos, altura em que passei a praticar apenas Badminton. A escolha do Badminton como a minha modalidade deve-se ao prazer que me proporciona.
FG - Quais são os teus objectivos até final desta temporada e para o futuro?
FO - Para esta época o meu grande objectivo é evoluir de modo a estar na melhor forma, no Campeonato Nacional onde espero alcançar um lugar de destaque.
Para o futuro quero continuar a trabalhar para poder vir a alcançar um nível de jogo que me permita jogar regularmente no “Circuito Internacional”.
FG - Qual foi o ponto mais alto do teu percurso desportivo até ao momento?
FO - Não considero que tenha já alcançado um resultado desportivo que possa destacar. Houve momentos em que me senti a jogar a bom nível, destacando talvez a minha participação no Torneio Master Jovenes Sub-15 Arjonilla - Jaén na época passada, onde alcancei os quartos final.
FG - Como consideras, o Convívio de Natal da Secção de Badminton da AAC e a família academista?
FO - O Convívio de Natal é sempre um momento de descontracção, de grande confraternização e amizade entre todos atletas, famílias e mesmo amigos. A AAC, especialmente a nossa Secção Badminton, é um grupo muito unido, quase como uma segunda família.
FG - Como é a tua relação com os teus colegas e treinadores na AAC?
FO - Tenho uma excelente relação com todos e sei que posso contar com qualquer um, em qualquer situação.
FG - Quais as qualidades que consideras ter como praticante de Badminton e como pessoa?
FO - Penso que sou um jogador com algumas características mais ofensivas. Como pessoa considero-me amigo dos meus amigos, honesto e empenhado.
FG - Pares ou singulares. O que mais gostas de jogar e porquê?
FO - Singulares, sem dúvida, apesar de gostar muito de jogar pares. É apenas uma questão de gosto pessoal.
FG - Como consegues conciliar a tua vida escolar com os treinos e as competições?
FO - Especialmente este ano em que entrei para o 10º ano, não tem sido muito fácil. O horário escolar é muito preenchido, tal como a exigência do ano para além de que, todos aqui na AAC temos também sentido a dificuldade em encontrar espaços/horários para treino devido às obras que estão a decorrer no Estádio Universitário de Coimbra. Acabo por ter que estudar até horas tardias e os calendários competitivos nem sempre ajudam, por vezes chegam a existir 3 competições seguidas em outros tantos fins-de-semana. No fundo, penso que acontece comigo aquilo que acontece com todos os outros colegas do país, temos que gostar muito da modalidade e organizar muito bem o nosso tempo, abdicando por vezes de outras coisas.
FG - Para além do Badminton, quais são os teus principais passatempos?
FO - Gosto de ler, ouvir música e passar tempo com os meus amigos quando tenho essa possibilidade. Gosto também de fazer outras modalidades desportivas mas, isso agora só acontece um pouco no verão.
FG - No futuro o que queres ser, a nível profissional?
FO - Gostaria de ser neurocirurgião.
FG - A tua família tem-te apoiado e acompanham-te, quando participas em competições?
FO - A minha família tem sido o principal apoio na minha prática desportiva. O meu pai acompanha-me em muitas das competições e o resto da minha família acompanha-me sempre que possível.
FG - Na tua opinião, como está o desenvolvimento do Badminton na AAC e em Portugal?
FO - Sinto que na AAC, em cada ano aparecem mais jogadores e o trabalho na formação está a começar a mostrar os seus resultados para este último grupo de trabalho; a AAC sempre teve jogadores Não Seniores e Seniores que se destacaram a nível nacional, o que continua a acontecer. No Badminton em Portugal sinto que jogamos sempre contra os mesmos adversários, o que penso dificultar a evolução de todos nós e, assim sendo, prejudicando o desenvolvimento da modalidade.
FG - Como é que arranjas motivação para seres assíduo aos treinos?
FO - É fácil, como gosto tanto da modalidade não é preciso motivação extra.
FG - Participas-te em alguns torneios no estrangeiro. Verificas-te algumas diferenças em relação, aos torneios organizados em Portugal?
FO - Já participei em torneios em Espanha e em Inglaterra. O sistema organizativo é bastante diferente do nosso em qualquer um desses países. É muito interessante ir jogar contra alguém que não conhecemos e que nunca vimos jogar. Temos que analisar o jogo e tomar decisões em muito menos tempo, e apenas com base naquilo que está a acontecer no momento, isso ajuda-nos a evoluir bastante. Depois existem também um maior número de jogadores. Em Espanha, sinto que em cada torneio aparecem outros jogadores e que aqueles que já vi ou defrontei evoluem constantemente. Em Inglaterra gostei muito do elevado nível técnico dos jogadores, mas também da sua forma muito própria de estar em campo.
FG - Qual a tua opinião e o que mais gostas de ler no, o blog Linhas & Finas/+ Badminton, que é o maior jornal da modalidade em Portugal e está a ser muito apreciado pelos jovens?
FO - Gosto muito do blogue e é um local onde todos vamos regularmente para saber as novidades do Badminton. É muito bom podermos acompanhar os resultados dos atletas portugueses com tanta actualização, os principais torneios nacionais e também internacionais.
FG - Gostarias de fazer algum agradecimento a alguém que te tem ajudado, na tua actividade desportiva?
FO - Agradeço o apoio que os meus pais e que os outros meus familiares me tem dado. Agradeço também a companhia e amizade dos meus colegas de clube e o trabalho que os treinadores Nuno Santos e Diogo Silva tem desenvolvido comigo. Agradeço ainda ao João Boto que através do seu blog tem divulgado as minhas participações internacionais, bem como ao Professor Fernando Gouveia pelo convite para esta entrevista. Não poderia esquecer-me e deixar um especial agradecimento ao apoio do Tim Willis e da Racquetworx.


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