Assembleia Geral Extraordinária - Alteração aos Estatutos

Tenho sido um acérrimo defensor da democracia na FPB, o que por vezes não acontece. Muitos me criticam por estar sempre a dizer mal da FPB, mas o facto é que o que escrevo, é apenas para tornar a nossa modalidade, mais aberta e democrática, pois considero que alguns dos actuais directores são arrogantes e nada úteis à modalidade. Estamos a 72 horas de uma Assembleia Geral Extraordinária, que vai discutir/apreciar e votar a proposta de alteração aos Estatutos e ao Regulamento Eleitoral da FPB, com base e adaptado ao D.L 248-B/2008 de 31 de Dezembro. Para além de tudo o que foi escrito pelo ex-dirigente da FPB, José Bento no seu blog http://www.josebento.com/ , gostaria de chamar a atenção, em especial daqueles que vão estar presentes na AG e com poder de voto para o seguinte.

Na proposta de alteração aos Estatutos, Artº 10 nº 1 Alínea C, em que nos Estatutos actuais é necessário haver 4% de árbitros inscritos na FPB, relativamente ao nº de atletas federados, para que a Associação de Classe tenha direito a voto (actualmente com "0" votos), é proposto agora que apenas 1% de inscritos na FPB, seja suficiente para que a mesma Associação de Classe possa ter em cada Assembleia 3 delegados com direito a voto. Esta é , uma "grande jogada", mas que só vem prejudicar a arbitragem e a respectiva Associação de Classe. Não está em causa a APJAB (apesar desta actualmente ser composta maioritariamente por elementos ligados aos actuais Órgãos Sociais), mas sim o facto de serem precisos apenas 10 árbitros inscritos para se ter direito a 3 delegados. Ou seja com 1% de inscritos, bastam os actuais ou os futuros Órgãos Sociais da APJAB, para a Associação ter direito aos 3 delegados. Isto é uma situação completamente injusta, comparando por exemplo com a Associação de Jogadores.

Por outro lado mantendo-se os 4%, será a forma de obrigar a Associação de Classe (APJAB), a trabalhar mais e melhor no sentido de defender os árbitros e juízes-árbitros portugueses, tentando a união entre todos e sobretudo trazer de volta alguns dos melhores valores nacionais que por uma ou outra razão deixaram de acreditar na arbitragem nacional.

Resta acrescentar que algumas Associações Regionais que contactei, concordam plenamente com tudo o que aqui foi dito, tendo inclusive uma delas já apresentado junto da FPB, uma proposta no sentido da manutenção dos 4%. Esperemos que o bom censo de toda a Assembleia prevaleça e sobretudo vença a verdade desportiva.