Entrevista com... Gabriela Pereira
Gabriela Pereira atleta da Associação Académica de Espinho, natural de Vila Nova de Gaia nascida a 8 de Julho de 1997 foi a eleita pelo Blogue Linhas & Finas como atleta "Revelação", no ano 2012.
O que mais tem impressionado na atleta Gabriela Pereira, é a sua "Mascara", nunca deixando transparecer o que lhe vai na alma durante os seus jogos, o que dificulta e muito, a esposta das suas adversárias.
Linhas & Finas/+ badminton - Desde quando praticas e o que gostas mais no Badminton?
Gabriela Pereira – Pratico badminton desde os 11 anos, começando por me inscrever no desporto escolar, e pouco mais tarde juntei-me à Associação Académica de Espinho. O que mais gosto neste desporto é a possibilidade que tenho de praticar algo que gosto bastante, junto de pessoas espetaculares.
L&F - O que é para ti, o badminton?
GP – É, sem dúvida, uma forma de espairecer da vida pessoal e da vida escolar. Para além de um "hobby", é uma atividade na qual posso criar objetivos e trabalhar para eles, desenvolvendo-me enquanto pessoa e atleta e fazendo uma das coisas que mais gosto.
L&F - Consegues conciliar bem a escola e a actividade desportiva?
GP – O mais complicado é ter os fins-de-semana praticamente todos ocupados e por vezes ter de faltar à escola, mas no geral penso que concilio bem as duas atividades.
L&F - Como vês o teu futuro no badminton?
GP – Para já, vejo-me a treinar no meu clube e a participar em competições durante o máximo tempo possível. Claro que vencer torneios e ganhar títulos são também alguns dos meus objetivos.
L&F - E o que gostavas de ser em termos profissionais?
GP – Apesar de estar numa altura da vida em que me devia decidir quanto à minha carreira profissional, ainda estou a descobrir o que quero realmente fazer. Claramente a minha primeira prioridade é entrar na universidade, concluir um curso e a partir daí construir uma carreira.
L&F - E porque escolheste o Badminton?
GP - Para além de ser um desporto que a minha família já praticava há vários anos, o que me ajudou a entrar na modalidade, a partir do momento em que experimentei, em que me empenhei e comecei a ganhar as primeiras medalhas, nunca mais considerei a opção de praticar outro desporto qualquer.
L&F - Habitualmente treinas 3/4 vezes por semana. Achas que essas 6/8 horas semanais de treino são suficientes?
GP – Para o nível de competição a que me dedico, penso que se essas horas forem bem aproveitadas, são suficientes.
L&F - O que mais gostas de treinar no Badminton?
GP – Gosto de treinar principalmente a componente técnica, no que toca ao aperfeiçoamento dos batimentos.
L&F - Quais os momentos de competição que consideras como inesquecíveis?
GP – Provavelmente os mais inesquecíveis serão os torneios de equipas. Não há nada como jogar junto dos nossos companheiros de clube, partilhando o objetivo de vencer, não só por nós, mas pela equipa em si.
L&F - O que achas da relação entre os atletas da AAE e com os de outros clubes?
GP - No geral acho que temos uma boa relação com a grande maioria dos atletas dos outros clubes. Claro que, dentro de um ambiente tão pequeno, surgem amizades mais próximas, assim como outras relações menos boas.
L&F - E o que pensas do teu treinador Jorge Pitarma, na Académica de Espinho?
GP – Acho-o uma pessoa fantástica, sempre fez um esforço enorme para nos ajudar e ensinar, claro que para mim é dos melhores treinadores de sempre.
L&F - Queres deixar uma mensagem para todos os que estejam a pensar em vir praticar badminton no teu clube?
GP – Posso-lhes dizer que o badminton é um desporto viciante, em que podemos aprender muito, não só com desportistas, mas também como pessoas. Não hesitem em juntar-se à modalidade, garanto que é pouco provável que se desiludam.
L&F - O que consideras fundamental para o desenvolvimento do Badminton na AAE e em Portugal?
GP – Penso que é importante continuar o apelo pela prática da modalidade, para que mais pessoas se juntem e ajudem o desporto a crescer.
L&F - Tens algum familiar que jogue ou que tenha jogado badminton?
GP – O meu irmão, o meu pai e o meu tio.
L&F - Como recebeste a notícia que irias participar no Campeonato Europeu de Sub-17 na Turquia?
GP - Foi através do meu clube, que me comunicou que iria ter a oportunidade de participar na prova.
L&F - Qual foi momento que mais te marcou durante a tua estadia em Ancara / Turquia?
GP – Acho que aquilo que mais me marcou foi o jogo que ganhei. Tratava-se de um ambiente completamente diferente daquele que estava habituada, com um nível bastante alto, logo a vitória que eu e a Sofia Setim, a Madeira conseguimos no prova de pares senhoras foi o que me deixou mais feliz.
L&F - Podes contar aos nossos leitores, como foi o programa diário no Estágio Nacional das Selecções Nacionais Sub-15, Sub-17 e Sub-19 recentemente realizado, em Caldas da Rainha?
GP - O estágio era constituído por treinos bi-diários, nos quais procurámos aperfeiçoar, nomeadamente, a componente tática dos jogos de pares e de singulares. Entre os treinos realizamos uma visita ao Centro das Caldas da Rainha e outra ao Centro de Óbidos.
L&F - Quais os objectivos para esta época?
GP - Um dos meus objetivos para esta época é alcançar títulos de campeã nacional, pelo menos nos sub-19. Pretendia também participar em provas internacionais.
L&F - Quais foram as principais competições que já disputaste? E quais as de maior sucesso?
GP – Participei em várias competições zonais, nacionais e em algumas internacionais, nomeadamente em Espanha e na Turquia. Houve várias provas nacionais nas quais posso considerar que tive sucesso, como, os Campeonatos Nacionais Individuais e o Campeonato Nacional de Equipas Mistas,ambos em Não Seniores disputados na época desportiva 2012/2013. Nas competições internacionais penso que aquela que, para além de ter chegado longe, me marcou mais, foi os Internacionais Juniores de Portugal de 2014.
L&F - O que mais te impressionou nas competições em que participaste, no estrangeiro?
GP - Na maior parte dos torneios em que participei no estrangeiro o nível era mais alto do que em Portugal, mas penso que o mais impressionante é a quantidade de atletas que praticam badminton, com elevada qualidade.
L&F - Quando começaste a treinar imaginaste que eventualmente terias o potencial que tens vindo a demonstrar?
GP - Não, quando comecei a jogar via o badminton como um divertimento, como uma forma de praticar de desporto e de fazer novos amigos. Não imaginei o que teria pela frente.
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