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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Para quando um melhor Desporto Nacional? - Artigo de Opinião de Fernando Gouveia

Para quando um melhor Desporto Nacional?

Os Jogos Olímpicos são uma “Montra Política” e como sempre cada país pretende a melhor participação, demonstrando qualidade ou não de como, nos antecedentes quatro anos desenvolveram internamente o seu desporto, de acordo com os objectivos estabelecidos, pelos respectivos Comités Olímpicos.
Nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, o Comité Olímpico de Portugal pretendia uma mais elevada prestação, mas a participação nacional ficou longe desse desejo, ao alcançarem apenas, duas medalhas (ouro e prata) e em 2012, em Londres, uma medalha de prata, situação que provocou, um alerta para a necessidade de se reorganizar convenientemente o desporto nacional, mas só quando o poder político trabalhar seriamente e com objectivos bem definidos, o país desportivo poderá ser conduzido para outra realidade e sem elevados custos adicionais, pelo que será necessário, habilidade e elevada competência, para com pouco se produzir muito.
A população portuguesa, não tem vocação para a prática desportiva, calculada em apenas 5% o que é francamente muito pouco, pelo que haveria necessidade de uma profunda mudança de mentalidades e uma comunicação social mais informativa, para com as modalidades olímpicas, com elevadas prestações europeias e mundiais, sendo perfeitamente natural que se pretenda competência, muita cultura e mentalidade desportiva, dos nossos governantes.
Poderemos referir a importância das medalhas olímpicas, para os países, que com uma população inferior ou idêntica à de Portugal 10,4 milhões, mas que tiveram uma actuação em Londres bem melhor. A Hungria 10,8 milhões, conquistou 17 medalhas, a República Checa 10,3 milhões e 10 medalhas, Suécia 8,9 milhões e 8 medalhas, a Suíça 7,3 milhões e 4 medalhas, a Dinamarca 5,4 milhões e 9 medalhas, a Noruega 4,4 milhões e 4 medalhas e a Geórgia 4,3 milhões e 6 medalhas, mas são países com forte vocação para a prática desportiva, com governos que criam condições para que a sua população juvenil tenha uma educação desportiva suficientemente bem trabalhada. Mas para, que seja possível essa importante e necessária mais-valia teremos que investir, nas crianças do 1ºciclo fazendo um enorme esforço, para evitar que a nossa juventude seja afastada da actividade física e desportiva provocando o sedentarismo e assim um aumento muito significativo dos níveis de obesidade entre crianças e jovens, para isso terá que haver elevada organização estrutural.
O desporto em Portugal, cada vez mais, tem menos qualidade, pelo que deveríamos procurar sensibilizar elevado número de crianças a "Praticar Desporto". Nestas idades é crucial uma excelente formação desportiva.
Educar pelo desporto é um importante tema para sensibilizar as crianças, para a prática desportiva, satisfazendo a necessidade de viverem atleticamente e assim terem a possibilidade de exprimir força e destreza que incitam a jogar, a lutar, a progredir e desenvolver o espírito ganhador. É muito importante a sensibilização para a prática do desporto e nunca com o objectivo de “fazer campeões”. Os campeões já nascem campeões... mas as etapas de crescimento deverão ser extremamente respeitadas.
O desporto escolar é cada vez mais uma mentira. Participam os alunos que treinam no mundo do desporto federado.
Os pais, preocupados em equilibrarem o orçamento familiar, estão cada vez mais, a retirar os seus filhos do desporto nos clubes e como as escolas, não têm capacidade de organizar devidamente o seu Desporto Escolar, teremos as nossas crianças e jovens, com preocupante falta de actividade motora.

Fernando Gouveia

1 comentário:

Anónimo disse...

A mudança política sobre o desporto nacional não deve ser para breve, pois a situação que estamos a enfrentar e a nível global, não vai ser fácil. O mundo cada vez mais é dos egoístas, dos esquisitos, dos implicadores, dos pressionadores e todos os que rodeiam esta gente, têm de ser iguais ou pior, se não, não vão a lado nenhum. De vez enquando, lá aparece fraudes ou roubos pelos senhores políticos, de milhares ou milhões de euros e ninguém faz nada, uma vez por outra lá prendem alguém para tapar a vista ao “Zé Povinho” e depois quem vai pagar, os mesmos de sempre, NÒS que trabalhamos e fazemos “omeletes sem ovos” e tentamos fazer das tripas coração para tentar dar alguma formação aos jovens a nível desportivo.
Se vamos ter com as Câmaras ou Juntas de Freguesia, não têm dinheiro para investir no desporto, as escolas recusam protocolos com os clubes, com o objectivo de desenvolver as modalidades do desporto escolar e não só.
A nível nacional não se criam Centros de Formação, para as várias modalidades, como os Centros de Alto Rendimento, os clubes não têm apoio das federações, têm de ser os poucos “carolas”, que ainda são enxovalhados por quererem dar um novo rumo ás mentalidades e sistemas competitivos que existem. Deparamo-nos assim com a triste realidade destes recentes Jogos Olímpicos, em que a nossa prestação não foi a melhor, mas a culpa não foi dos atletas nem dos treinadores, de quem terá sido?
O sedentarismo veio assim instalar-se no nosso país no seio dos nossos jovens e alguns estudos feitos nos USA, revelam que a maior parte da população portuguesa passa em média, 19 horas por dia sem nenhum tipo de exercício, parece impossível, mas é verdade, os jovens acordam de manhã e vão para a escola, lá passam mais ou menos 10 horas sentados, vêm para casa e estudam mais um pouco, fazem as refeições, vêm televisão e o indispensável computador e deitam-se muito tarde para descansar mais ou menos 5 horas. Será ou não verdade?
Como é que países que são aqui mencionados no artigo com menos ou idêntica população que o nosso país conseguem, bem melhores prestações e nós não? A solução destes países, passa por várias realidades, como amizade, humildade, esforço e vontade de levar para a frente projectos simples como juntar pessoas importantes á mesa para conversar e dinamizar o desporto, procurando assim em conjunto com as autoridades os apoios necessários para trabalharem com as crianças desde o ensino primário, educando-os assim para o que se chama de uma vida saudável e sem vícios, como cá não é.
Estamos a caminhar para o fim e ninguém faz nada, só lhes interessa o hoje, amanhã vê-se… Cuidado pois a realidade está á porta.

Um abraço
Carlos Pardilhó
CDF