A Importância dos Torneios de Divulgação - Artigo do Prof. Fernando Gouveia

A Importância dos Torneios de Divulgação

Os Torneios de Divulgação desde a sua criação têm sido uma excelente mais-valia, para o sector juvenil, que naturalmente tem provocado outro tipo de competição, valioso para sensibilizar jovens para a prática do badminton, mas esta valência tem que ser entendida, pelos dirigentes e treinadores, como complemento das competições pontuáveis para os “Rankings Nacionais” que deveriam ter uma competitividade bem mais elevada. Nem todos os jogadores demonstram condições para serem inscritos, pelo que se evitariam confrontos, com enorme diferença de qualidade, com a verdade desportiva muito adulterada, sendo as competições as grandes perdedoras. As diferenças da competição e do lazer / competitivo deveriam ser melhor observados, pelo que os Torneios de Divulgação têm vindo a perder interesse, como é o caso de apenas existirem as candidaturas da ARBA e da ABN, para o 3º Momento dos TDs.

Este modelo dos TDs também deveria ser observado pelos responsáveis pelo Badminton Escolar, que cada vez mais usufruem do trabalho efectuado pelos clubes. É impensável o que acontece na generalidade dos muitos Núcleos de Badminton espalhados pelo país, com professores muito pouco profissionais, sem brio e com muito pouca ou nenhuma formação da modalidade e que são muitas vezes os mentores da muito pouca qualidade das competições escolares, pelo que será impossível passar da formação, que deveria ser da responsabilidade da escola, para uma verdadeira competição, exclusivamente dos clubes, que têm a vocação de conduzir os mais talentosos atletas, a alcançarem valiosas prestações.

Continua a existir muita controvérsia, dispensável, que poderia ser substituída por coligação de interesses e assim criarem-se condições para um badminton competitivamente mais equilibrado.

Essas contestações muitas vezes incómodas e cujos princípios democráticos são duvidosos, longe de terem o consenso da maioria dos dedicados e esforçados elementos, que já envelhecidos e com mais de vinte anos de badminton ainda são os seus grandes”carolas”, que nos clubes, associações e federação continuam a conduzi-la apesar dos enormes problemas, que com frequência vão surgindo.

Formar uma grande base, em que todos os interessados estejam envolvidos numa saudável animação desportiva, mas sem a necessidade de mais fóruns ou debates, mas com apresentação de opiniões fundamentadas e consistentes para serem discutidas e devidamente avaliadas, não será fácil, mas muito necessária.

O badminton nacional acomodou-se e os blogs não passam de aparente ajuda, pelo que dificilmente devido aos demasiados conflitos conseguirá implementar novas e melhores valias.

Esta direcção da FPB como de qualquer outra modalidade estabelecem as suas opções de trabalho e nunca deverá estar voltada para supostas sugestões, que alguns contestatários pretendem ... porque simplesmente terão que ter suficiente habilidade para se adaptarem a determinadas opções da entidade que dirije o badminton federado em Portugal.

Fernando Gouveia