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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Artigo de Opinião por Jorge Azevedo - MOTIVAÇÃO DESPORTIVA

MOTIVAÇÃO DESPORTIVA
Será que, se perguntássemos aos pais do Rafael Nadal ou do Luís figo se a aposta numa carreira desportiva era séria, na altura que estes tinham 19 anos, provavelmente diriam que estavam somente a perseguir um sonho e que eram loucos!?
Na altura não saberiam nem contavam com tamanha projecção, que vieram a conquistar!
No desporto de alta competição as regras são essas. Se conquistar títulos e se for reconhecido pode conseguir uma vida igualmente de sucesso senão, fica pelo caminho esquecido e como uma promessa que não deu resultado.
Os desportistas assim como os profissionais não podem esperar ter sucesso, porque este não é garantido nem cai do céu!
Claro que o mercado desportivo do futebol e do ténis são maiores, e estão mais bem promovidos do que os outros desportos, mas o número de jovens a perseguir esse sonho também é muito mais numeroso.
Então a diferença para o Badminton estará, não nos perseguidores desse sonho mas sim, na diferença de projecção mediática e promoção, que nos oferece esse sonho.
Sendo assim, será mais fácil sonhar e realizar esse sonho nessas modalidades mais promovidas. Com isso vem a parte financeira, com apostas proporcionais à notoriedade obtida.
Noutra escala muito menor, temos o Badminton nacional mas onde as regras de actuação não são diferentes às do Futebol?
Que promoção temos? Que clubes participam? Que motivações existem por esse país fora?
Temos uma modalidade sem apresentação a nível nacional, com competições localizadas num ponto do país, de costas voltadas aos interessados na modalidade que estão espalhados pelo país.
O que é que os nossos torneios oferecem às pessoas que assistem? Um monte de gente a jogar um jogo?
O que pode um professor escolar dizer a um aluno seu, quando este pergunta onde pode ver Badminton de qualidade? Onde decorrem as competições?
Temos uma centralização da actividade da modalidade quase absoluta, não deixando espaço para os clubes se motivarem e motivarem os seus atletas.
Um exemplo são as provas dos não seniores, que acabam por ser dois meios torneios sem projecção nem apresentação, outro são as provas dos seniores que continuam a ser disputadas num único local numa maratona a despachar. Ainda bem que existem 9 campos porque assim o monte de gente fica mais composto!
Durante anos, as diferentes categorias competiam em alturas diferentes, ajustadas às condições existentes localmente. Os clubes passavam o ano a organizar esses torneios para conseguir garantir o sucesso dessa realização. Os agentes da modalidade estavam todos empenhados no progresso da sua modalidade.
A situação actual é cómoda para a FPB, porque garante a qualidade desportiva, mas retira toda a motivação aos atletas. Espalhando as iniciativas pelo país pode trazer mais contratempos, mas certamente movimentará mais pessoas, agitará mais locais. Basta para isso motivar os clubes, envolvê-los nas iniciativas e, caberá à FPB a fiscalização e o apoio dessas organizações. Penso que será menos trabalhoso do que realizar 20 provas no CARB por ano.
A não ser que no CARB se limitem a abrir as portas e a ligar a luzes do pavilhão?
Tal como a Federação, os agentes da modalidade acomodaram-se às dificuldades e não reagem, contaminando os atletas.
No Desporto escolar irá acontecer o mesmo se os incentivos desaparecerem.
Esses incentivos são os motivadores das iniciativas, das mudanças.
Poder-se-á questionar que tipo de incentivos serão os melhores a aplicar?
Motivar a organização de um torneio é pontual e num momento.
Apostar nos projectos dos clubes com objectivos, e com interessados em evoluírem em termos técnicos, pode demorar uns anos a ser concretizado. Este último é muito mais difícil de se construir!
Haja incentivos e os profissionais adequados que queiram abraçar esses projectos, que a evolução acontece!
Assim se alicerça o progresso desta modalidade!

Jorge Azevedo

1 comentário:

Joel Costa disse...

Na verdade pode-se concluir que há um longo caminho a percorrer na modalidade de badminton e que estas opiniões, tal como outras devem ser tidas em conta pelos responsáveis máximos pela modalidade. As criticas quando construtivas só ajudam ao progresso.