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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Carta Aberta de José Manuel Almeida

CARTA ABERTA

No seguimento da nota “esclarecimento” emitido no dia de ontem pela Direcção FPB no seu site e no ofício circular enviada aos Clubes, e perante os factos tornados públicos por alguns blogs sobre proibição de venda de material desportivo dentro do Pavilhão Desportivo do JAC onde se realizou a 1ª Jornada do Circuito Nacional Sénior, organizado por esta Federação, venho por este meio informar que nem tudo contido no referido documento, condiz com a verdade dos factos.
Como até agora nunca me manifestei publicamente, porque entendi não ser a maneira mais correcta de tratar assuntos de qualquer índole, não posso deixar passar esta situação em qual vejo envolvido o meu nome, o meu trabalho, o meu profissionalismo e até mesmo a minha conduta moral, sabendo à partida que poderei vir a ser alvo de retaliações. Face a isto, entendo ter o direito de resposta, que assiste a qualquer cidadão, num País que se diz Democrático.
Perante isto, por tudo o que até agora foi escrito nos blogs e pela petição pública que decorre na internet a meu favor, passo a informar:

· Antes de mais, quero deixar público os meus sinceros agradecimentos a todos que se solidarizaram com o seu apoio, subscrevendo esta petição.
· Quero também agradecer publicamente ao autor da mesma, já que o não posso fazer pessoalmente, por desconhecimento do mesmo e que muito me sensibilizou.

· No que respeita ao ponto 1, o contrato assinado pela FPB e a empresa TriSport Ibérica, L.da, na altura importador oficial da marca Yonex, com início em 1 de Setembro do ano transacto e duração de 5 anos, provem de uma reunião realizada na sede da FPB, a meu pedido, entre mim e 3 membros da referida Direcção, em nome da Yonex Portugal, decorria o início da época 2006 / 2007. Foi por mim apresentado as linhas que a marca, através do seu legítimo representante na altura, tinha delineado. Saiu desse encontro o acordo de este apresentar um projecto de intenções, para um possível futuro acordo com a marca. Depois de devidamente autorizado, eu mesmo fiz chegar à FPB, até final de 2006, tal projecto de intenções. A partir desta altura, nunca mais tive qualquer interferência no desfecho final do referido contrato, até que se passaram quase 2 anos entre esta situação e a assinatura do mesmo. Tudo que nele foi oposto por parte de elementos da Federação, foi directamente feito entre a FPB e a Yonex Portugal/TriSport Ibérica, L.da e não com a minha pessoa. Pois desconheço ainda hoje qual o seu conteúdo final, bem como só vim a saber este tinha sido assinado por ambas as partes, bem mais tarde da data da sua efectivação. Tal afirmação contida neste ponto, de que foram elementos da FPB e José Manuel Almeida que elaboraram este contrato, são falsas.
· No ponto 2, são me atribuídas palavras e intenções que por mim nunca foram proferidas ou invocadas e não correspondem à verdade. Deixo aqui o repto ao autor deste esclarecimento, de provar tal facto. E digo provar, já que o único caso ocorrido de que eu tenho conhecimento, ocorreu realmente num Torneio no Algarve, mas no qual eu não estive presente, por motivos de doença. Portanto, nunca poderia invocar tal facto que me está a ser imputado. Recebi apenas um telefonema de um Director a informar o que se estava a passar e a perguntar qual a minha opinião sobre o que estaria escrito ou vinculado no contrato final assinado. Nunca mandei tirar ninguém de qualquer Instalação Desportiva, já que quem tinha o dever e incumbência de fiscalizar estas possíveis situações, era e é, a FPB. Aliás, expressei muitas vezes ao Sr. Eng. Joaquim Gonçalves, Director da FPB, que nunca iria participar tais situações, já que não eram do foro da minha competência. Eu estava lá para trabalhar e não para policiar.
· O ponto 3 não me habilita a comentar factos ou intenções que não me dizem respeito. Só à FPB cabe honrar e zelar pelos seus contratos e acordos. O mesmo é frisado pela FPB no ponto 4, sobre um assunto que a ela não lhe diz respeito.
· Quanto ao ponto 5, nos finais de Agosto do corrente ano, desloquei-me às Caldas da Rainha, para uma reunião com a Direcção da FPB a meu pedido, a fim de discutir assuntos de interesse comum a ambas as partes. Nessa reunião dei conta do meu interesse (JMA-BadmintonSport) em negociar com FPB a minha presença nos Torneios de Badminton, como até aqui vinha acontecendo e não só a questão de apenas garantir os encordoamentos. Foi-me dito pelos Directores presentes que apenas haveria a possibilidade de vir a estar presente, apenas para encordoar. Claro que, foram afloradas várias questões entre as quais, a perda dos direitos de importação da marca pela empresa TriSport, que até ao momento, sustentavam este contrato. Logo o contrato deixaria de ter qualquer sentido, já que a empresa deixou de representar oficialmente a Yonex e os interesses que geraram este contrato foi a marca e não a empresa. Foi também por mim expresso, a incompatibilidade de me fazer deslocar por todo o País, apenas para encordoar, já que as despesas inerentes são muito mais avultadas do que o possível lucro a retirar.
Face a esta situação, foi-me pedido para apresentar a minha proposta, a qual foi feita por e-mail no passado dia 15 de Setembro, diz respeito ao ponto 6 e para conhecimento de todos, aqui fica o seu conteúdo : http://sites.google.com/site/badmintonsempre/proposta-parceria-fpb_jma-badmintonsport
Lamentavelmente e até ao dia de hoje, a FPB não me fez chegar qualquer resposta à minha petição anexa, tendo eu sabido da tal proibição, por terceiros e apenas a 2 dias deste Torneio. Tentando esclarecer esta situação, dirigi um telefone ao responsável do Pavilhão, Santiago do Cacém, sobre se haveria algum missiva da FPB a proibir a minha entrada. Foi-me dito que não e que até já tinha também um lugar destinado para mim, no entanto iria de imediato averiguar. Cerca de 1 hora depois, recebi uma chamada deste responsável a dar conta dessa proibição e que o que existia acordado entre mim e a Secção do JAC ficaria sem efeito, já que fora ameaçado de não receber o subsídio correspondente à cedência do pavilhão e montagem das infra-estruturas para que se realizasse este evento. Teria apenas de me cingir a estar a encordoar dentro do pavilhão e ter o material na rua caso eu quisesse.
Mais, fiz questão de telefonar ao Sr. Eng. Joaquim Gonçalves, Director da FPB, a informar que nunca iria, nem irei contra qualquer directoria que pusesse ou ponha em causa o bom funcionamento das instituições envolvidas e sabia perfeitamente qual era o meu lugar dentro da modalidade.
Mais me desgosta ainda, é que na data da referida reunião na FPB, a Direcção sabia que passos iriam dar nesta situação e não foi capaz de colocar as “cartas” em cima da mesa. E digo isto porquê?
Porque, dias depois, a Direcção da FPB recebeu a referida empresa para renegociar o referido contrato e não soube acautelar a proposta por mim apresentada de interesse também para a modalidade.
Será que o meu contributo e dedicação à modalidade não interessam à FPB?
Será que eu mereço tratado desta maneira?
Será que a conduta desta empresa passou a merecer toda a credibilidade da FPB de um dia para o outro?
Deixo os analistas da modalidade e a todos os interessados, julgarem da forma como entenderem.
Talvez um dia deste, a FPB entenda que a concorrência salutar de produtos de Badminton, não só faz com os preços sejam justos, como só beneficiam todos que praticam a modalidade!
Fica também aqui por mim declarado, não voltarei a falar publicamente sobre este assunto e que não irei alimentar qualquer discussão futura, a não ser por convite da FPB e apenas no foro particular entre ambos.

Com amizade,
José Manuel Almeida

6 comentários:

Anónimo disse...

Este comentário é publicado sob a responsabilidade de Linhas & finas.

Desculpem ser anónimo mas acreditem q a minha identidade é o menos importante...
Só queria dizer que deixei de jogar badminton em 1996... Treze anos depois as pessoas são as mesmas, o amadorismo federativo é maior, bem como os interesses privados que não param de crescer. Enquanto houver pessoas que ocupam cargos directivos a "VIVER" desses mesmos cargos, o badminton nunca vai deixar de ser uma modalidade com meia dúzia de verdadeiros apaixonados e umas boas dúzias de "verdadeiros interessados... Ou interesseiros..."

Anónimo disse...

Venho por este meio assumir publicamente a minha total solidariedade para com o Sr. José Manuel Almeida, sim ... há que tratá-lo por Senhor, pois nem todos se podem orgulhar de um currículo igual ao dele e isso merece respeito!
Mas o que venho propor à comunidade "Badminotista" é um apelo à união entre todos, desde atletas a treinadores, direngentes, enfim todos, pois infelizmente sei por experiência própria, que as estas situações de mudança, ou de voltar com a palavra a trás, reconhecendo o erro, e optando pelo caminho mais correcto, não é fácil, por parte do nosso orgão federativo, o que provoca que a modalidade, continue neste impasse de desenvolvimento.
Então o que proponho é o seguinte: se todos nós optarmos, por adquirir os nossos artigos de Badminton à JMA Sport, ganhamos uma força diferente, e aí continuamos a ter a palavra amiga do Almeida, cada vez que nos dirigimos à sua banca.
Posso garantir-vos que a bronca do outro vendedor já passou fronteiras, aquando de uma conversa com um espanhol de nome Luis, que por acaso é o importador da Yonex em Espanha, tendo o nosso "vizinho", uma péssima imagem deste processo de comercialização da Yonex em Portugal.
Vamos unir-nos pois o Badminton são os atletas, os dirigentes os treinadores, os clubes, e só existe um organismo oficial porque nós existimos, mas senão o houvesse, nós deixaríamos de jogar Badminton? não me parece, pelo menos falo por mim e pelos meus...
Então além de assinarem a petição que está a ser feita e que por si só já é um sucesso, queiram aceitar este desafio que vos lanço, e canalizem as vossas compras para a JMA, porque só terão a ganhar com isso, pois quanto mais volume esta empresa fizer melhores preços nos darão.
Sem dúvida que JUNTOS SOMOS MAIS FORTES, e poderemos iniciar aqui um momento de viragem no rumo desconcertado em que anda a nossa modalidade.

Boas Volantadas
Júlio Bárbara

Anónimo disse...

Boa Tarde

Penso ser do conhecimento publico que tanto eu como o Tomas Nero somos patrocinados pela Empresa em causa de nome Tri Sport Iberica.
Gostaria de realçar o apreço e a amizade que tenho pelo Sr. Almeida pessoa pelo qual tenho em grande consideração, motivo que me levou assinar a petição nomeadamente no que respeita a sua presença nos pavilhões, reconhecendo o seu apoio e dedicação á modalidade.
Não pretendendo ser advogado de ninguem gostaria de deixar algumas considerações.

1. Penso que seria importante a FPB publicar o acordo feito com a Tri Sport Iberica afim de se poder ver que condições foram oferecidas para a proposta do Sr. Almeida não ser aceite.

2. Penso que em todo este processo o que está em causa é um relacionamento comercial e não de pessoas.

3. Como patrocinado pela referida marca não tenho nada a dizer, no que refere ao apoio prestada pela mesma tanto a mim como ao Tomas Nero,realçando a preocupação para que nada nos falte.

4. No que respeita ao comentario do Julio e se foi o mesmo que eu assisti, o que levou a Empresa estar com pessima imagem era devido a vender a preços mais baixos que os praticados no resto da Europa.

Para terminar penso que uma vez mais estamos perante um "problema" que poderia ser evitado se a FPB tivesse de uma forma clara estabelecido as regras em tempo util, para não acontecer o que aconteceu no ultimo torneio com a presença do Sr. Almeida "fechado" numa sala.

Cumprimentos
Pedro Gomes

Anónimo disse...

O meu nome não é importante, apenas, gostaria de chamar a atenção para a questão dos direitos e deveres estipulados na constituição Portuguesa e referentes à democracia !

Assim sendo, todos os contratos, regras, regulamentos, etc, devem ser cumpridos por todos os envolvidos sem excepção e em todas as circuntâncias! A lei não é para cumprir apenas quando interessa a uma das partes envolvidas! A lei é para cumprir e fazer cumprir pelas instituições e ou pelas pessoas independentemente dos nomes, virtudes e qualidades das pessoas e ou das instituições. É esta a essência dos direitos e dos deveres na democracia. Nenhuma pessoa nem nenhuma instituição deve estar acima da lei! Se todos cumprirem a lei (contratos, regras, regulaments, etc) de certeza absoluta que muitos dos problemas deixarão de existir.

Anónimo disse...

Olá Almeida

Só me ocorre dizer o seguinte:

Boa Almeida!... um tiro no porta aviões!

e já agora aproveito para perguntar ao RATO:

E agora, vais pensar em abandonar o navio?

Luis Neves

joão boto disse...

Almeida!

Depois desta carta aberta continuas a ser um gentleman, um senhor do Badminton. Podias ter desmascarado muita coisa, que "nós" sabemos, sobre a "cuja dita", mas preferiste acreditar no bom senso das pessoas que te "apunhalaram".
Tem que haver razões muito fortes, para que se continue com um contrato com uma "cuja dita" "queimada" em todos os sentidos. ´
Amigo de hà 35 anos, estou e estarei sempre a apoiar-te, porque se alguém merece respeito no badminton, és tu.
Infelizmente, e depois de ler a tua proposta, cheguei à conclusão que foste excluido porque só oferecias T'Shirts e Polos...!!!
A tua proposta não era honesta, era apenas uma proposta textil!!.
De uma coisa podes ter a certeza, 99% dos badmintonistas estão contigo, mesmo aqueles que ainda não assinaram a petição por medo de replesálias.

Abraço

João Boto

28 de Outubro de 2009 15:56