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terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Arbitragem em Portugal - Reunião do CA com Juízes-árbitros - Opinião de José Bento

Como havia prometido no artigo “ O Badminton no bom caminho ...”, publicado no meu blog http://www.josebento.com/, volto agora ao assunto para relatar a minha opinião sobre os diversos assuntos a que a Arbitragem se deve pronunciar e decidir.Como foi dito o Conselho de Arbitragem reuniu na Sede da FPB, nas Caldas da Rainha, os juízes-árbitros no sentido de criar uma uniformização de tratamento perante as alterações verificadas na diversa regulamentação das provas oficiais.Foi distribuído um documento com a principal regulamentação que foi discutida acaloradamente e com grande empenho por todos. No entanto a arbitragem do Badminton carece que se tomem medidas no sentido de solucionar diversos assuntos importantes e que justificam a realização de mais reuniões de trabalho semelhantes e urgentes, das quais destaco:

1-O regulamento do Conselho de Arbitragem
Como está desactualizado e sendo ele o principal regulador do Sector mereceria a prioridade da sua actualização, tal como já foi feito nos outros regulamentos (Disciplinar, Justiça, Conselho Técnico, Estatutos, Regulamento Geral, Regulamento Eleitoral, etc.)Começar a época desportiva sem este Regulamento actualizado é uma falta grave.
2-Unir toda a classe de arbitragem
A realização desta reunião foi uma excelente oportunidade para se iniciar esta união de toda a classe que se torna fundamental para a modalidade.Deviam de ser aproveitados todos os dados existentes na FPB e contactados todos os agentes da arbitragem (antigos e recentes) para se filiarem na FPB para esta época.
3-Certificação e actualização de formação de todos os seus componentes
Sabe-se que muitos juízes árbitros já tiraram os seus cursos há muitos anos. Nessa altura e na maior parte eles não recebiam um certificado da sua qualificação. Defendo que a todos os Juízes-árbitros e árbitros oficiais devem ser entregues documentos identificativos da qualificação que têm (tipo diploma) e se possível já com a classificação actualizada (p. Ex. Juíz-árbitro regional, árbitro da classe A, etc.).A entrega desse diploma seria importante para recuperar muitos dos antigos elementos da arbitragem.Devia de ser prevista uma reciclagem a todos os que necessitassem dela de forma a que possam ser úteis nas provas que actualmente existem.A situação actual e as regras para todos os elementos da arbitragem deviam de ser divulgados no site da FPB na rubrica arbitragem (tabela de pagamento de despesas, regulamento na carreira, etc.) assim como a informação de todos os que se encontram na FPB reconhecidos oficialmente e aqueles que se encontram actualmente licenciados e também os que se encontram em actividade regular.Através de todo esse levantamento o Conselho de Arbitragem poderia então verificar as carências existentes nas várias regiões do país e promover as acções necessárias a corrigir essa situação.No entanto é inaceitável que a lista dos juízes-árbitros e árbitros existente no site não inclua todos os que estão licenciados na FPB e que, por isso, merece uma correcção imediata.
4-Eleições para o Conselho de Arbitragem
Este ponto merece uma reflexão pois como é sabido o seu presidente está no último mandato o que vai provocar alterações na sua composição futura e por isso é importante que se comece a preparar a sua substituição de forma pacífica. Por outro lado há que debater os aspectos das incompatibilidades nos cargos conforme determina o Dec-Lei nº. 248-B e os Estatutos da FPB.
5-Eleição para delegados do sector de arbitragem
Em virtude do novo regulamento eleitoral é necessário proceder à eleição dos delegados da arbitragem às AG da FPB.Esta eleição é feita em Janeiro no 1º. e 3º. Ano do mandato dos órgãos da FPB e por períodos de 2 anos. Assim no mandato actual de 2009/2012 estas eleições para delegados deveriam ser feitas em Janeiro de 2009 e de 2011. Como estamos no meio do primeiro período sem haver delegados o que irá acontecer na próxima AG da FPB ? Penso ser importante realizar as eleições referentes ao primeiro período de 2009/2010 e para isso também será útil que a classe se reuna para debater este urgente problema. Outro aspecto que merece ser discutido é saber como se atribuem os 3 delegados a que a arbitragem tem direito dado que existe uma associação de classe oficializada. Se para as associações regionais de clubes cada uma delas tem direito a um delegado logicamente também a associação de juízes e árbitros terá também um delegado na AG e assim os juízes e árbitros terão direito aos restantes dois delegados, mas isso é uma opinião e que merece ser decidida por todos os elementos do sector. 6-Associações de Classe de Juízes-árbitros e árbitros
Como todos sabem existem 2 associações: A APAB que não foi ratificada na AG da FPB e a APJAB que se encontra oficialmente integrada na estrutura federativa. Dado o processo pouco claro na sua nomeação e as divisões existentes é importantíssimo que todos se reunam para discutir este tema que em nada ajuda os seus intervenientes e bem prejudica o Badminton português.Torna-se fundamental que fique bem expresso as responsabilidades do CA e de uma única Associação de classe, sem haver elementos que acumulem cargos federativos e lugares associativos o que invalida as verdadeiras funções das duas entidades. É muito útil que se aproveite esta abertura por parte do CA e que em nova reunião de trabalho se possa aprovar uma solução que passe pela união de todos os seus componentes.
7-Actividades do Conselho de Arbitragem
É muito importante que este orgão possua um orçamento próprio para a execução das suas actividades.É igualmente necessário que ele proceda à divulgação de um plano de actividades anual e apresente no final a publicação das suas contas e o relatório das suas actividades prestadas.Só assim se poderá avaliar a sua actividade e fiscalizar também se o seu orçamento foi ou não cumprido.
8-Acumulação de cargos e funções a desempenhar no sector de arbitragem
Não é aconselhável que os elementos do Conselho de Arbitragem desempenhem simultâneamente as funções de juíz-árbitro ou de árbitro nas provas nacionais pois quem tem a missão de avaliar não poderá avaliar-se a si próprio para efeitos de pontuação para uma classificação anual.Também não é lógico que um membro do Conselho de Arbitragem faça parte dos órgãos de uma associação de classe e ainda mais se ela se tratar do próprio sector de arbitragem. Neste ponto é também importante que se proceda a um debate profundo.

Ficam aqui levantados variadíssimos temas que merecem sem dúvida uma discussão profunda e salutar de todos os elementos ligados à arbitragem.Uns mais urgentes do que outros mas que vão necessitar de muito tempo de colaboração entre todos de forma a se conseguir acima de tudo uma reunificação do sector e de clarificação de direitos e responsabilidades para todas as funções. Pela forma saudável e construtiva como decorreu a reunião deste passado sábado estamos no momento certo para prosseguir estes debates entre todos nós.Que o Conselho de Arbitragem mantenha o espírito de abertura que demonstrou nesta última reunião de trabalho e convoque um novo encontro onde se possa debater estes diversos temas e outros que ache necessários para melhorar este sector tão importante ao Badminton como é o da Arbitragem.

José Bento

1 comentário:

joão boto disse...

Amigo José Bento!
Subscrevo por inteiro as suas sábias palavras. O Bento fez um retrato fiel daquilo que é, e pode ser a arbitragem portuguesa. De facto a reunião que aconteceu no passado sábado nas Caldas foi a prova que a arbitragem pode e deve estar unida de forma a debater os seus problemas.
No entanto quero aqui realçar, que alguns membros e eu próprio como Presidente da APAB inscrevemo-nos na APJAB (A outra associação de árbitros), numa tentativa de união. Mais tarde eu próprio pediria ao Presidente da AG da APAB para marcar uma AG, com o intuito de decidir o futuro da APAB.
Infelizmente e até hoje ainda obtivemos qualquer resposta da aceitação ou não das nossa inscrições na APJAB, temendo eu que provávelmente não existe interese por parte da mesma na unificação da arbitragem nacional.

João Boto