A nossa vizinha Espanha, colocou por exemplo em acção em 2021 um projecto (plano) para pares, e os resultados estão à vista 3 anos depois. Neste momento a selecção espanhola tem duplas homens, senhoras e mistas dentro do top100 (95º PH, 45º PS e 52º PM), para além das excelentes campanhas das suas selecções seniores e não seniores.
Também o Brasil do nosso conterrâneo Marco Vasconcelos teve uma evolução fantástica deste que o madeirense aceitou o convite para treinar a selecção brasileira com um projecto de futuro e bem solidificado. A prova é que o Brasil tem alcançado excelentes resultados, não só em termos de selecções mas também em termos individuais.
Este são dois exemplos de sucesso e que deviam-nos copiar e melhorar a nosso favor...
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
SELECÇÕES NACIONAIS - QUE FUTURO?
O mês de Dezembro colocou a nu o pouco investimento e os poucos ou nenhuns projectos para as selecções nacionais que a antiga direcção da Federação Portuguesa de Badminton colocou em acção nestas ultimas 2 décadas.
O último lugar no grupo#5 do Europeu de Juniores que ditou também o 30º e último lugar na classificação final, segundo o Badminton Europe, e o último lugar da selecção de seniores no grupo#2 de qualificação para o Europeu de Equipas Mistas 2025, são a prova do muito trabalho que a nova direcção da FPB vai ter pela frente para tentar colocar Portugal num patamar mais condizente com o nosso badminton. Também não é por acaso que falhamos os Jogos Olímpicos do Japão2020 e França2024. A direção da FPB que recentemente tomou posse tem como objectivo a presença de atletas portugueses nos Jogos Olímpicos de 2028. Para que tal aconteça muita coisa terá de mudar relativamente ao que aconteceu até hoje.
Sei que não é fácil para os clubes/atletas/pais despenderem de verbas para se competir a nível internacional com regularidade, mas terá de ser ai que os responsáveis federativos terão de intervir com a chamada dos principais atletas nacionais e nos respectivos escalões a competirem individualmente e a representar as cores portuguesas com maior regularidade (planeamento entre clubes/atleta/pais/FPB) em competições pontuáveis para o ranking europeu e mundial. Há também que definir prioridades para os atletas! Nem todos podem ser o nº1 ou 2 ou 3 a singulares a nível nacional, mas poderão ser nº1, 2 ou 3 em pares homens, senhoras ou pares mistos. É necessário incentivar os atletas para as vertentes de pares, que tem sido habitualmente um dos nossos calcanhares de Aquiles quer em provas individuais quer em provas de equipas. Apenas por uma vez, em Barcelona92, tivemos uma dupla (Fernando Silva/Ricardo Fernandes) nos Jogos Olímpicos. Posso estar enganado mas também não me recordo de termos alguma dupla apurada para Campeonatos do Mundo Individuais.
Portugal não pode deixar fugir mais esta geração de atletas, sobretudo os mais jovens. Temos neste momento um jovem, Tiago Berenguer que poderá dentro de muito pouco tempo, vir a ser um dos melhores atletas da Europa e do Mundo em Absolutos. Tiago Berenguer (jogador) nasceu de um projeto com cabeça, tronco e membros, planeado pelo seu treinador (e pai), e está à vista de todos o resultado.
Temos ainda Santiago Batalha, Alexandre Bernardo ou Dinis Maia, temos também a Maria e Isabella Wilkinson, a Mafalda Avelino, a Érica Glória (descartada para o Europeu sem qualquer justificação), mas outros no escalão sub17 e sub15 estão na forja e tem de ser apoiados não só pelos seus clubes mas também pela FPB, porque são eles que representam as selecções nacionais nas camadas jovens e serão também eles que irão assegurar o futuro das selecções seniores.
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