Catarina Martins
Introdução - Catarina Martins, atleta Sub-17 do Famalicense Atlético Clube, natural do Porto e residente em Vila Nova de Famalicão, frequenta o 11 º ano, na escola D. Sancho I.
Catarina Martins, na presente época desportiva está ordenada, no "Ranking Nacional / Sub-17", no 4º lugar em Singulares Femininos, em 1º nos Pares Femininos, com a sua colega Adriana Gonçalves e na 2ª posição em Pares Mistos, com o seu colega Fábio Sá.
Integrou a Equipa Feminina e a Equipa Mista do FAC, Campeãs Nacionais na presente época desportiva.
Fernando Gouveia - Desde quando praticas Badmínton e porque o escolheste como a tua modalidade preferida?
CM - Pratico Badminton há dois anos e meio, e escolhi esta modalidade por influência de dois amigos que já jogavam, o Eduardo e a Adriana.
FG - O que é para ti, o Badminton?
CM - Para mim o Badminton é a modalidade que eu escolhi. Tive a sorte de ter uns pais que me incentivaram desde cedo a praticar vários desportos. Fui atleta de velocidade, competia nos 100 metros e nos 110 metros barreiras. Um dia experimentei o Badminton e gostei, mas foi apenas uma experiência do momento. Adorei, mas não me fixei à modalidade. Entretanto, a Adriana convenceu-me a participar, no Desporto Escolar e desde aí, o meu interesse por este desporto aumentou.
FG - Consegues conciliar bem a escola e a actividade desportiva?
CM - Sim consigo. Nunca fui uma aluna brilhante mas também não deixo de fazer o que deve de ser feito. Organizo-me, preparo-me e fico satisfeita com o resultado final.
FG - Como vês o teu futuro no Badminton, quais os objectivos nos estudos e o que gostarias de ser no futuro em termos profissionais?
CM - Esta época, desde o início, juntamente com o meu treinador traçamos vários objectivos. Parte destes objectivos já foram concretizados. Ganhámos as provas de equipas e apurei-me para o Campeonato da Europa em Pares Femininos. Mas o principal objectivo desta época é evoluir e chegar ao patamar das melhores, a Seleção Nacional.
Sinto que cresci, amadureci e que actualmente não sou inferior a ninguém. Com o tempo que tenho nesta modalidade, consigo ter noção que parti atrás, continuo num processo de aprendizagem, mas que já jogo de igual para igual, com qualquer adversária da minha idade.
Os meus objectivos a longo prazo passam por conquistar títulos individuais, ser Campeã Nacional, a Singulares Femininos e Pares Feminino.
Em termos profissionais quero ser uma profissional do desporto, sempre tive um gosto especial pela prática desportiva e sou apaixonada pelo culto do corpo. Sigo o lema “Mente sã, corpo são”. Conto estar a frequentar o curso de Educação Física daqui a mais ao menos 2 anos.
FG - Qual o teu grande sonho como atleta?
CM - Como disse anteriormente é ser a melhor. Conquistar títulos individuais e ser reconhecida.
FG - Sentes que é importante para a carreira, o bom relacionamento com o teu treinador, Professor Bruno Gomes e os teus companheiros no FAC?
CM - Bom relacionamento com o meu treinador? Não me dou bem com ele, detesto-o e estou farta de o aturar. Quanto aos meus companheiros do FAC, são o meu sustento, roubo-lhes o quanto mais posso.
FG - Quem é Catarina Martins, como atleta e como pessoa?
CM - Como pessoa considero-me uma palhaça (como viram na pergunta anterior). Gosto de ser bem-disposta, brincar em momentos sérios e em assuntos sérios. Sou expressiva, curiosa e muitas vezes pouco conveniente. Relativamente à pergunta anterior quero que saibam que a minha relação com, o meu actual treinador é excelente, tanto a nível pessoal como a relação treinador-atleta. Os meus colegas na sua maioria já os considero família, não só pelos momentos que passamos, mas também pelo companheirismo que temos. Adoro-vos macacos!
FG - O que representou para ti as excelentes vitórias nos Campeonatos Nacionais de Equipas e tiveram alguma importância para os teus colegas na escola e professores?
CM - Não foi a primeira vez que fui Campeã Nacional, já tinha passado por essa experiência nas Equipas Mistas / Sub-15, mas é sempre bom voltar a ganhar e eu não me canso disso. O reflexo que teve no meu meio escolar foi grande, porque o meu clube faz uma grande divulgação destes feitos.
Quanto às minhas expectativas e à influência que estas vitórias tiveram em mim, sinto que foi a injecção de confiança e uma sensação de que o trabalho diário e intenso vale a pena. O sinónimo da palavra sucesso é trabalho.
FG - Quantas unidades de treino realizas por semana e durante quanto tempo?
CM - Faço 6 treinos por semana que duram 1h30 cada. Trabalho ainda muito mais, mas não posso contar os meus segredos. “O segredo é a alma do negócio”.
FG - Pares ou singulares, o que mais gostas de jogar e qual a componente técnica, que mais gostas de treinar? Porquê?
CM -Sinceramente não consigo definir qual a variante que mais gosto e por consequência não me defino como, uma jogadora de singulares nem de pares. Acho que sou versátil.
Gosto muito de treinar o “amorte”, porque é o batimento que faço menos esforço. Outro batimento que gosto muito de treinar é o “encosto”, sentada numa cadeira.
Agora a sério, a componente técnica que mais me seduz é a técnica da movimentação. Desde sempre que várias pessoas ligadas à modalidade dizem que me desloco como uma “peninha”.
FG - Quais os momentos de competição que consideras como inesquecíveis?
CM - O momento que mais me marcou até agora foi ganhar a uma rival que teoricamente seria forte. Esse momento foi importante, porque estava em disputa o apuramento do Singular Femininos, para o Campeonato Europeu. Estive a trabalhar objectivamente para esse momento, técnica, tática, física e psicologicamente para esse acontecimento. Marcou-me porque senti que fui competente.
FG - O que achas do convívio entre os atletas do FAC e com os de outros clubes quando participas, em competições no Centro de Alto Rendimento?
CM - Considero que há um convivo bastante saudável. Nós somos muito boa onda. Além disso todos os outros clubes gostam de se dar bem connosco porque somos raparigas bonitas (não se nota pelo Eduardo)?
FG - O que consideras fundamental para um maior desenvolvimento do Badminton, no FAC e na Zona Norte?
CM - No meu clube há uma grande afluência de jogadores. Em termos de quantidade não nos podemos queixar. A mim parece-me que as faixas etárias são altas e o trabalho na minha opinião deveria ser feito com idades mais reduzidas. No entanto, nunca é tarde para começar.
No que diz respeito à evolução da modalidade na Zona Norte, no meu ponto de vista deveria haver mais clubes, mais formações para professores e mais reconhecimento pelos atletas que trabalham diariamente nesta modalidade que é tão exigente.
FG - Sentes saturação por participares em tantas competições, nomeadamente no CAR?
CM - Não me sinto saturada pela competição em si, mas reconheço que as viagens são desgastantes. O CAR é um espaço de excelência, pena é não o podermos utilizar de uma forma mais produtiva.
FG - Desde o início desta temporada tens vindo a evoluir em termos competitivos. Qual a razão dessa situação?
CM - Empenho, seriedade, planeamento, espírito de sacrifico e muita vontade de ser cada vez melhor.
FG - Quais os objectivos até final da época desportiva de 2015 / 2016?
CM - É chegar à Selecção Nacional e não menos importante, estar na luta para ser Campeã Nacional, nas variantes de Singulares e Parares Femininos.
FG - O que mais gostas de ler e como avalias, o blog Linhas & Finas /+ Badminton?
CM - Gosto do facto de estar actualizada e saber das notícias bastante rápido, é um blog bastante bom.
FG - Gostarias de fazer algum tipo de agradecimento a alguém que te tem ajudado, na tua carreira desportiva?
CM - Agradeço a todas as minhas adversárias que foram as principais motivadoras para a minha evolução. Agradeço também ao bom humor do meu parceiro de treino Eduardo Pereira e há minha parceira Adriana Gonçalves por me ajudar a treinar a defesa.
Um grande obrigado aos meus pais, treinador e amigos que me apoiam em tudo.


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