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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Portugueses à aventura por essa Europa fora JUNIORES NACIONAIS VIAJAM SOZINHOS PARA AS PROVAS

O badminton português tem marcado presença em torneios europeus, não só através da olímpica Telma Santos mas também por jogadores que integram o escalão júnior e até mais novos – Miguel Rocha, de 16 anos, um dos mais promissores, esteve no Open da Polónia, em juniores. Mas em que condições e com que apoios contam estes jovens, com idades entre os 16 e os 18 anos? Praticamente nenhuns. A Federação apenas se encarrega das inscrições, mas o pagamento é feito pelos clubes, enquanto a viagem e estadia ficam a cargo dos clubes e dos pais. 


Bernardo Atilano, Ângelo Silva, Ricardo Silva, Duarte Anjo, Daniela Conceição e Sofia Setim são os que mais têm participado em torneios além-fronteiras, preparando-se quatro deles – Daniela e Sofia não participam – para a 12 de fevereiro iniciarem o Open da Hungria, em Pecs.

No entanto, os atletas, alguns ainda menores, viajam sozinhos, numa aventura que inclui aviões, deslocações para os locais dos torneios, normalmente onde não existem aeroportos, estadias e todo um conjunto de situações que não deixam de alarmar os pais. “Nas primeiras vezes fiquei bastante apreensiva, embora o Ricardo nos telefonasse ou enviasse mensagens, logo que tinha uma oportunidade, nomeadamente quando aterravam. Mas, depois de conhecer os seus colegas passei a ficar mais tranquila”, disse-nos Mafalda Silva, mãe de Ricardo Silva, que completou recentemente 18 anos. “Para a Hungria será a primeira vez que o Ricardo viajará sem autorização assinada pelos pais”, salientou.

Mas não é apenas nas viagens que os jovens portugueses sentem a diferença. Durante a prova estão entregues a si próprios, ao contrário dos adversários, acompanhados pelos respetivos treinadores.  “Quem está de fora ajuda os restantes”, conta Duarte Nuno Anjo, que, juntamente com Bernardo Atilano, venceu o Open da Turquia, em pares.  Também Ricardo Silva destaca a união durante os torneios. “Embora de clubes diferentes, lá fora somos todos portugueses”, disse o jovem atleta do CheLagoense.

Trabalhar

Para poder estar nos torneios Ricardo Silva trabalha no Verão. “Estou a frequentar um curso de cozinha. No verão faço um estágio num hotel no Algarve e o dinheiro que ganho ajuda-me nas deslocações.”

Ângelo Silva, 17 anos, residente em Leiria e colega de equipa de Ricardo Silva – venceram a prova de pares masculinos do Open da Estónia –, também lamenta a ausência de um treinador nos torneios. “O treinador é importante. Não é só pelo acompanhamento nos jogos, é também por tudo aquilo que ele faz, até na parte logística. Assim, somos nós que fazemos tudo.”

Em Espanha com a FPB

• A Federação (FPB) apenas se encarrega das inscrições destes jogadores, e o motivo é simples: “Contenção de despesas. Só podemos pagar aos que são selecionados pela FPB”, lamenta o “vice” federativo, António José Mendes. É o que vai suceder no Open de Espanha, de 20 a 22 deste mês, onde os 4 juniores que estarão na Hungria se juntam a Ana Dias, Gabriela Pereira e Joana Lopes.

Noticia publicada online no Jornal Record
Foto: Vitor Rocha

Edição Jornal

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