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terça-feira, 28 de julho de 2015

HISTÓRIA DE SUCESSO | CONHEÇA FILIPA LAMY ... Entrevista pela "A BWIZER"

HISTÓRIA DE SUCESSO | CONHEÇA FILIPA LAMY ... 

Conheça Filipa Lamy, ex-atleta de alta competição, fisioterapeuta e co-fundadora do Centro de Treinos Racquetworx de Badminton. Filipa reúne no seu percurso profissional o melhor de dois mundos – o Desporto e a Fisioterapia – e ainda tem tempo para desenvolver actividades filantrópicas! Descubra tudo nesta entrevista. Mais uma história para se inspirar!

Fale-nos um pouco de si.
O meu nome é Filipa Lamy, tenho 34 anos e sou natural da Lourinhã. Desde os 11 anos estou ligada ao Badminton, conquistando mais de 30 títulos nacionais individuais. Fui diversas vezes Campeã Nacional de Equipas Senhoras e de Equipas Mistas por diferentes Clubes Nacionais. Além disto, representei durante 2 anos o Clube Campeão Espanhol, Club Badminton Rinconada, onde ganhamos a medalha de bronze na Taça dos Clubes Campeões Europeus em 2007, enquanto participei em torneios pelo Mundo fora, durante a tentativa para uma qualificação olímpica para Pequim 2008 que acabou por não se concretizar na reta final. Relativamente a seleções nacionais estive presente desde os meus 12/13 anos até abandonar a carreira como jogadora com muitas internacionalizações em todos os escalões.
Foi durante parte deste percurso de atleta que iniciei o meu Curso de Fisioterapia na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa, e sempre com mais ou menos dificuldade conciliei com o Badminton. Pouco antes de terminar a minha Licenciatura, comecei a exercer com um colega desse último ano (Ft. Miguel Lourenço) essencialmente na área da Geriatria, onde ainda hoje colaboro na Residência Sénior "Cantinho da Ternura" em Lisboa.
Após dar por terminada a minha carreira como atleta de alta competição em 2008, e apesar de ainda ter jogado alguns torneios nacionais e internacionais, o meu foco virou-se para a área do treino e do ensino de jovens, e fui cofundadora de uma Academia de treino onde, após algumas pequenas modificações estruturais, ainda me mantenho (Centro de Treinos Racquetworx).
Quando era adolescente, que profissão sonhava ter no futuro? Sempre quis ser atleta ou até mesmo Fisioterapeuta?
Logo no primeiro ano que joguei Badminton ganhei os 3 títulos nacionais possíveis, e isso deu-me a motivação que eu precisava para me começar a dedicar a este desporto com mais seriedade. Tive a sorte de estar numa zona onde pude ter um apoio de vários Treinadores de qualidade desde muito nova (inicialmente com o Sr. Lourenço Rodrigues e a minha irmã Paula Lamy, e um pouco mais tarde com Treinadores Internacionais como o Prof. Luís Carvalho, Prof. Jorge Cação e com o inglês Mark Methven, que na altura fazia parte da Equipa Técnica Nacional com o Prof. Luís Carvalho). Obviamente que isto me ajudou a lutar pelo sonho comum a tantos outros jovens que praticam desporto, que é chegar a um patamar de excelência.
A Fisioterapia acabou por ser uma descoberta para mim nesta fase, porque por diversas vezes necessitei da intervenção dum Fisioterapeuta, apesar da sorte e das poucas lesões que tive não serem de grande gravidade.
No seu percurso como atleta de alta competição quais foram as experiências que mais a marcaram?
Como atleta tive diversas experiências que me marcaram. O facto de poder conhecer os 5 continentes e perceber todas as diferenças que existem no mundo e nas condições de vida dos diversos povos é algo que dificilmente irei esquecer, e que me ajuda a dar valor a muitas das coisas que tenho. Os torneios que participei em África, principalmente no Uganda e na Nigéria é algo que me marca até hoje. Essa é uma das razões que me orgulho de ser também uma das caras portuguesas da Solibad (Organização sem fins lucrativos que angaria fundos e material de badminton, para desenvolver projectos locais em países carenciados em qualquer parte do planeta, como aconteceu por exemplo, no Haiti, após o sismo que destruiu o país).
O facto de ter estado presente em diversos Campeonatos do Mundo e Campeonatos da Europa, individuais e de Equipas, é algo que também é muito marcante e que dificilmente esquecerei.
O que a levou interessar-se pela Fisioterapia?
Tal como referi, o meu interesse pela Fisioterapia apareceu durante a adolescência, muito pelo fascínio que me dava ver como os Fisioterapeutas, muitas das vezes só usando as mãos, conseguiam perceber o problema e dar uma ajuda tão importante no dia-a-dia de tanta gente. Na altura, não tinha noção da abrangência da Fisioterapia e, se na altura me dissessem que iria desempenhar funções na área em que estou agora, nunca iria acreditar. O que é certo, é que gosto muito da área geriátrica.
No âmbito da Fisioterapia, quais foram as experiências que mais a marcaram?
A maioria das minhas experiências como referi anteriormente são na área geriátrica, tendo grande parte das vezes os meus pacientes uma idade muito avançada. Assim, conseguir que uma senhora de 98 anos voltasse a andar após uma fratura do colo do fémur, quando durante meses, ela não tinha feito Fisioterapia porque "não valia a pena"... Viveu até aos 103 e manteve a marcha com andarilho até quase aos 102!
O agradecimento no olhar e no sorriso dos idosos que trato quando conseguem atingir cada um dos seus objetivos, muitas das vezes, coisas simples que quase ninguém dá importância, como conseguir levantar-se duma cadeira, faz-me lembrar do que me fez começar a prestar atenção à Fisioterapia - o facto de poder dar uma ajuda importante no dia-a-dia de alguém.
Nas aulas de movimento que dou semanalmente na Residência Sénior, onde muitas vezes coloco o grupo a "jogar badminton" com balões, o facto de segurarem a raquete na mão, faz com que se abstraiam de muitas dificuldades que têm e aproveitem o momento sem pensar nos problemas que sofrem.
Já participou em algumas formações Bwizer. Quais as que mais a marcaram e que partido tira delas atualmente?
Tanto a de Kinesio Taping como a Dynamic Taping foram dois métodos que me moldaram devido às novidades que nos trazem. Gostei muito de ambas, apesar desta última de Dynamic Tape ter tido um impacto especial por ter sido dada pelo Ryan Kendrick, mentor da técnica.
Adorei a formação de Funtional Training Coach. Gostei muito do modo como o Formador (Gabriel Silva Jorge) expõe os temas e aplica a parte prática, além de que é algo que consigo usar em ambas as vertentes, a da Fisioterapia e a Desportiva.
Como concilia a sua vida pessoal com a profissional?
Pois, essa é uma pergunta que tem uma resposta simples. Tenho muito pouco tempo livre, entre as 8 horas de trabalho, treinos diários (quando me é possível), um ou outro domicílio e as competições dos nossos miúdos quase todos os fins de semana entre Outubro e final de Junho, muito pouco tempo sobra. O meu companheiro também faz parte do Centro de Treino Racquetworx, o que faz com que tenhamos tarefas em comum, que acaba por fazer com que passemos tempo juntos. Infelizmente, para a família e amigos não sobra tanto tempo como desejaria, mas sempre que tenho, tento aproveitar ao máximo.
Uma curiosidade sobre si que nada tenha a ver com o desporto ou a fisioterapia.
Sou muito tímida, adoro cozinhar e sou canhota. Adoro ver filmes e series, ir à praia e descontrair com os meus amigos. Gosto de gente com sentido de humor e bem-disposta.
Uma dica ou frase de inspiração para aqueles que gostariam de seguir os seus passos? Tanto no Desporto, como na Fisioterapia?
"Acredito muito na sorte. Verifico que quanto mais trabalho, mais a sorte me sorri." - Thomas Jefferson
Seja onde for, em tudo na vida, temos sempre que lutar, pois como digo aos meus atletas, se fosse fácil, não tinha piada porque todos iam conseguir!

Fonte: "A Bwizer"

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