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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Entrevista com... Paulo Pinheiro, conduzida pelo Prof. Fernando Gouveia

Entrevista com…
Professor Paulo Pinheiro

Introdução - O Professor Paulo Pinheiro, com 38 anos de idade, treinador de crianças e jovens na Escolinha de Badminton do Movimento Desportivo de Caldas da Rainha é natural dos Estados Unidos da América e residente em Caldas da Rainha, licenciado em Motricidade Humana – ramo de Ciências do Desporto e Educação Física, não exercendo presentemente a profissão de professor.
Durante o seu percurso competitivo iniciado, na época desportiva de 1985/86 e terminado em 2007/2008, o Professor Paulo Pinheiro foi Campeão Nacional, por 4 vez, em Singulares Masculinos, 4 em Pares Masculinos e 2 em Pares Mistos e também, Vice-Campeão Nacional, 1 vez em Singulares Masculinos e 1 em Pares Masculinos. Integrou a equipa 3ª classificada, no Campeonato Nacional de Equipas Mistas da 1ª divisão, na época de 1996/97 e a equipa 2ª classificada, no Campeonato Nacional de Equipas Homens da 2ª divisão, em 2012/2013. Integrou também por diversas vezes, as Selecções Nacionais de Juvenis e Juniores

FG - No momento em que se está a melhorar o Mini-Badminton para crianças, ou será Badminton para adultos em miniatura, como se tem vindo a verificar. Concorda com esta situação?
PP – Obviamente que o Badminton, deve ser adaptado às necessidades e restrições próprias de cada atleta, não só em termos de crianças e jovens, mas até se falarmos do desporto adaptado, às limitações pessoais seja em qualquer idade for, o Badminton deve ser um meio de integração na sociedade, chamemos Mini-Badminton, Para-Badminton ou só Badminton. A designação para mim não é o mais importante mas sim a forma como trabalho.
FG - De que forma se iniciou na prática desportiva?
PP – Sempre fui uma criança muito enérgica e tive uma infância sem ligação a computadores, pelo que, os tempos livres que tinha eram sempre ocupados num campo de futebol próximo de casa. Os meus pais acabaram por me colocar na natação e no badminton devido a um amigo que jogava. Fui, gostei e o badminton passou a ser parte do meu mundo pessoal.
FG - E porque optou, pela carreira de treinador?
PP – Apesar de ser novo de idade, na realidade já tenho o curso de treinador deste 1996. Entrei na faculdade e afastei-me do Badminton. Foram muitos anos seguidos de pressão constante que criaram um desgaste mental em mim. Na época de 2010/11, fui convidado a integrar o MVD como parte da equipa técnica do clube, juntamente com o Jorge Cação e acedi. Durante as 3 épocas seguintes fui jogador e treinador, até que, devido a doença, tive de deixar de fazer actividades desportivas. Assim, nesta presente época, comecei a dar mais treinos no MVD, sendo neste período criado a Escolinha de Badminton do MVD para crianças até 13 anos. Optei pela carreira de treinador, pois é aliciante. É um turbilhão de emoções, conforme os jogos vão correndo. Temos tristeza por um atleta que não ganhou um jogo e ao mesmo tempo podemos estar eufóricos por outro atleta que se superou. É ter de analisar um jogo às vezes em poucos segundos, por ter mais de um atleta em acção ao mesmo tempo! É olharmos para trás e ver o quanto os atletas evoluíram, o quanto cresceram, enfim é sermos um pouco de tudo, treinadores, pais, psicólogos, fisioterapeutas, etc.
FG - Qual a sua reacção por ter sido nomeado pela FPB para prelector, em Acções de Formação?
PP - Fiquei surpreso mas muito orgulhoso. Estive a fazer o Curso de Formador de Shuttletime em Abril e poucos dias depois surgiu o convite para fazer a Acção de Formação de 27 e 28 de Junho. Para já, é a única Acção de Formação planeada com a FPB, depois disso logo se verá.
FG - Se o Mini-Badminton decorresse sempre de acordo, com uma determinada concepção de prática desportiva presentemente poderia estar, mais desenvolvido?
PP - Mais importante do que as concepções, para mim são as pessoas que estão por trás para desenvolver algo e não existindo dinheiro é difícil motivar as pessoas para trabalharem só por carolice…
FG - Quais são, no seu entender, os valores que devem reger qualquer atleta jovem?
PP - Qualquer atleta jovem deveria reger-se por todos os valores éticos existentes, sendo que a honestidade, o respeito, a humildade, já deveriam existir quando começarem a praticar desporto. A responsabilidade e a assertividade são outros valores importantes mas que, com a ajuda dos treinadores, colegas e dirigentes devem ser desenvolvidos.
FG - Presentemente, qual a situação do Mini-Badminton no MVD e como será no futuro?
PP - Presentemente, a Escolinha de Badminton está a “queimar os últimos cartuchos”, vamos encerrar a época desportiva a 1 de Julho e recomeçamos na primeira 2ª feira de Setembro. Felizmente, o dirigente que lida comigo directamente, sabe o trabalho que está a ser feito, acompanha os treinos, compreende a filosofia que está a ser incutida e apoia a 100 %. Realço também que este projecto não é só feito de duas pessoas, tem também parte uma estudante da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, que está a tirar a vertente de Badminton, a Diana Constantino, que tem sido de um valor inestimável, bem como dos pais que também acompanham diariamente os seus filhos e claro, os jovens atletas que vão dos 4 aos 13 anos de idade.
FG - No desporto, como em muitas outras actividades, os adultos podem ajudar as crianças e jovens a desenvolverem os seus interesses e a optimizar as suas capacidades pessoais?
PP - Em todas as actividades os adultos são essenciais para desenvolver os interesses e optimizar as capacidades dos jovens, devem é ter em atenção que os interesses e as capacidades são do jovem e que não têm de coincidir com os nossos interesses. Temos de respeitar essas diferenças e não projectar os nossos desejos neles.
FG - As crianças, de uma forma geral, querem ser bem sucedidas, na actividade desportiva que escolheram para praticar. Se regredirmos à nossa infância e colocarmo-nos, nessa posição e facilmente nos lembramos dessa passada situação?
PP - Lembro-me bem e com saudades, no entanto, a juventude hoje é completamente diferente e a garra e vontade de superação não está presente em muitos deles.
FG - Os treinadores de crianças e jovens, são os responsáveis pelo desenvolvimento do divertimento e do carácter, e rejeitar os abandonos precoces da prática desportiva?
PP - A ideia que tenho é que o abandono da prática desportiva acontece maioritariamente por volta dos 18 a 20 anos que é na altura em que os atletas sobem a seniores e entram na faculdade ou no mercado de trabalho. Como não existem grandes possibilidades em Portugal de fazer uma carreira de atleta profissional, opta-se pelo abandono.
FG - Ser treinador de jovens é muito mais do que isso. Implica ter conhecimentos acerca do desenvolvimento da criança, compreender o seu pensamento e a sua cognição. Saber que as crianças e jovens que dirige e auxilia no desporto percepcionam-no como um modelo social a seguir e a respeitar?
PP - É gratificante sentir esse respeito que fala e ao mesmo tempo uma responsabilidade.
FG - Geralmente, os treinadores de crianças e jovens querem fazer bons trabalhos, isto é, desenvolver talentos, optimizar capacidades técnicas, etc. Esta situação estará totalmente correcta?
PP - Está correcta, se não levarmos esta questão ao limite, projectando expectativas superiores às do próprio atleta, esquecermos os princípios do treino e levarmos a situações que coloquem em causa a integridade física dos atletas. Infelizmente, o desporto português é propício a que se leve as competições não seniores demasiado a sério, pois chegando à idade de subida dos atletas para seniores, existem muitas probabilidades de que o atleta por falta de uma estrutura que o acompanhe, opte por uma outra carreira e, desta forma, a oportunidade para os treinadores “brilharem” são os escalões jovens…
FG - Um menos bom delineamento dos desígnios pedagógicos e didácticos, nos treinos pode causar graves danos, no futuro das crianças e jovens. O que, hoje em dia, de uma forma sucessiva tem vindo a acontecer é o abandono precoce da prática desportiva. Qual a sua opinião?
PP - A ideia que tenho é que o abandono da prática desportiva acontece maioritariamente por volta dos 18 a 20 anos que é na altura em que os atletas sobem a seniores e entram na faculdade ou no mercado de trabalho. Como não existem grandes possibilidades em Portugal de fazer uma carreira de atleta profissional, opta-se pelo abandono.
FG - Se os treinadores são a figura principal, no processo de formação desportiva da criança, a sua má conduta pode levar, ao decréscimo da confiança e da motivação?
PP - A figura principal deverá ser sempre a própria criança. Quanto à questão da má conduta de um treinador provocar um decréscimo da confiança ou motivação pode, mas, vê-se que no desporto português, às vezes, ocorrem muitas más condutas de treinadores e que são apoiados e até pressionados para isso, por dirigentes, pais, claques, etc., e que não leva os jovens a ter um decréscimo de confiança, leva antes a que os jovens cresçam a pensar que são situações normais.
FG - Naturalmente, que um dos objectivos é levar a modalidade a muitas mais crianças, dando-lhes a conhecer o Badminton e promovendo desta forma o gosto pela modalidade. Será este, o objectivo do MVD e de outros clubes do país?
PP- Um clube vive dos praticantes que tem e nesse sentido, tem de existir uma capacidade de renovação quase constante. Felizmente que, nesse aspecto, estando sediado na Capital do Badminton em Portugal, pode-se dizer que a modalidade já tem algum nome para ser tido em conta na altura das crianças escolherem uma modalidade, embora seja sempre extremamente difícil competir com o futebol.
FG - Outros dos objectivos poderá passar, por através da ida às Escolas, para divulgar a actividade de Badminton, em clubes locais, de forma a captar novos atletas para a modalidade. Concorda?
PP - Absolutamente. A Escola é o local onde temos a “matéria-prima” que são as crianças e jovens. No entanto, não havendo uma estruturação do sistema educativo com o sistema desportivo, continua-se a desperdiçar dinheiro e jovens talentos.
FG - Como é possível identificar talentos desportivos ainda na infância? Quanto tempo é preciso para formar um atleta de alto nível competitivo?
PP - Pessoalmente, acho que deve derivar de uma capacidade de captação de novos atletas em idades jovens, ou seja, da quantidade poder extrair a qualidade. Para ajudar na parte da identificação, existe um documento em português chamado Etapas de Desenvolvimento de um atleta de Badminton desenvolvido pelos professores Jorge Cação e Luís Carvalho que se foca nesse aspecto o qual aconselho. Quanto ao tempo que é preciso para formar um atleta de alto nível competitivo, as indicações de especialistas são de mais de 10 mil horas de treino.
FG - Qual o papel do desporto na formação de uma criança?
PP - O desporto tem um papel educativo na formação social, cultural e psicológica da criança. O desporto cria condições para termos no futuro, melhores cidadãos, mais conscientes dos benefícios da prática desportiva. Infelizmente, muitos adultos ainda falam com desdém da actividade física, de que não serve para nada e, esses adultos são pais que transmitem essa mentalidade aos filhos…
FG - O que fazer para incentivar a adesão da comunidade juvenil, à prática desportiva, em especial do Badminton?
PP - Sinceramente, não é por ter feito o Curso de Formador do Shuttletime, pois é a metodologia que introduzi logo de início, ainda nem sonhava que iria ter a oportunidade de fazer o curso, mas é a metodologia que está a ser utilizada um pouco por todo o Mundo, para entrar nas Escolas. Se conseguirmos que os professores façam esta formação de forma a que se sintam preparados para dar Badminton e não só, com o Manual do Professor e os Planos de Aulas, pode verificar que tem exercícios para que desenvolver as capacidades físicas no geral e não servem apenas para o Badminton…
FG - Conte-nos como foi o Curso de Tutor do Shuttletime, curso ministrado pela BWF - Badminton World Federation. Qual a avaliação que faz?
PP - Numa palavra, o curso foi muito intenso. Foram 2 dias de trabalhos práticos e teóricos, com muitas mudanças ao nível da constituição dos grupos, em que todos éramos obrigados a participar activamente nos trabalhos. O Curso foi promovido pela Federação Escocesa de Badminton que quer expandir o badminton no seu país, formando para isso 10 novos formadores, sendo um deles o coordenador nacional do Shuttletime na Escócia. Participaram ainda 5 estrangeiros, dois galeses, um francês, uma eslovaca e eu.
FG - Explique o que é o Shuttletime?
PP - O Shuttletime é um projecto da BWF de implementação do Badminton no Mundo, com o objectivo de o tornar um dos desportos mais populares na Escola e que para o desenvolvimento desse objectivo conta com o apoio das 5 Confederações Continentais. A BWF tem a noção de que muitos professores vêm o Badminton como uma modalidade difícil de dar nas Escolas por ter um campo muito grande em relação ao espaço físico que têm para dar a aula e que apenas 2 ou 4 alunos podem jogar de cada vez. Assim, desenvolveu recursos materiais: Manual do Professor, Planos de Aula e video clips para ajudar os professores a deixarem de pensar dessa forma, bem como a ajudá-los a planear e a dar aulas de badminton nas suas aulas, mostrando que não é necessário muito espaço para dar aulas de badminton divertidas e que cativem os alunos. O Shuttletime utiliza também o balão como um recurso barato e muito útil. Quem já lidou com a iniciação no Badminton sabe que a nossa modalidade por ser das modalidades mais completas é dotada de uma enorme complexidade e que mesmo o gesto técnico mais simples é inicialmente de difícil execução. Muitas crianças experimentam o badminton e não conseguem acertar no volante e acabam por desistir. Com o balão, isso já não acontece. Como demora um tempo superior a descer, é um alvo fácil para as crianças acertarem, é divertido para elas e, sem saberem, já estão a aprender badminton. E, pelo que eu vejo, quando se faz o transfere para o volante, as crianças já não falham tanto o volante.
FG - Na generalidade o jogador português treina muito pouco, pelo que os mais diversos componentes do treino, ficam longe de serem devidamente desenvolvidos. Como ultrapassar esta situação?
PP - Não sei se o jogador português treina pouco. Aliás, quando falamos de jogador português, é muito vago. Estamos a falar de seniores, não seniores, jogadores de futebol, andebol, badminton? O que sei é que chegando a uma determinada idade, os atletas portugueses têm de optar pela universidade ou pelo desporto que praticam e a esmagadora maioria escolhe a universidade, desiludida com a organização do sistema desportivo nacional que não apoia os desportistas de modo a estes poderem fazer carreira profissional. A verdade é que os sucessivos governos não vêm que o desporto é um espaço que abre diversas carreiras desportivas (praticante, treinador, psicólogo desportivo, dirigente, etc), se não em Portugal, no estrangeiro. E temos praticantes portugueses tão bons! E não me refiro só ao mais mediático, Cristiano Ronaldo. Refiro-me aos mesa-tenistas portugueses (Marcos Freitas, João Monteiro, João Geraldo, Tiago Apolónia), aos canoístas (Fernando Pimenta, Emanuel Ribeiro), João Sousa (Ténis), Nélson Évora, Ricardinho (Futsal) e aos “nossos” Pedro Martins, Telma Santos…
FG - Para conseguirmos desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e assim ultrapassarmos a imagem de um país de “fenómenos desportivos” e criarmos um desporto organizado, para a grande maioria da população juvenil, o que teremos que fazer?
PP - Tem de ser feito algo de base, a nível governamental. Promover a prática desportiva generalizada e organizar melhor as diversas estruturas federativas e escolares, para que o dinheiro do Estado possa ser melhor gerido do que é actualmente. Antes da crise andou-se a inaugurar estádios, pavilhões, centros de alto rendimento das mais diversas modalidades, no entanto, não se aposta no incentivo para levar as pessoas a usufruir dessas estruturas ou instalações. Lembro-me também de ser investido dinheiro em ringues quadrados, com uma baliza de andebol, outra de hóquei em patins e um cesto de basquetebol, tendo um pouco de tudo e não servindo para nada.
FG - Ao longo de muitos anos, que acompanha o Badminton, quais foram os momentos mais marcantes e afectivos, porque passou?
PP - Os momentos mais marcantes que tive foram os vários títulos de campeão nacional que tive e a oportunidade de representar Portugal em dois Campeonatos da Europa de Juvenis e Juniores. Lembro-me também do facto de ter-me qualificado para o quadro principal de Singulares Homens no meu último ano de juniores nos Internacionais de Portugal. Recentemente, tive um momento mais triste, que foi ter de abandonar como jogador devido a doença e não ter tido assim a oportunidade de jogar no Europeu de Veteranos do ano passado. No entanto, no último dia do Europeu, tive uma grande alegria que foi ver o Fernando Silva a ser Campeão Europeu de Veteranos (+ 40), uma vitória mais que merecida para uma pessoa que cresci a olhar para o lado e a ver o seu esforço e luta diária.
FG - Sabemos que o trabalho para ter sucesso, depende da dedicação e determinação. Quais as barreiras mais comuns no relacionamento treinador e atleta?
PP - Pessoalmente, parece-me que tem de haver uma relação de cumplicidade mútuo em que o respeito e a confiança estejam presentes e não haja uma diminuição de ambas e/ou um excesso de confiança de parte a parte. Se tal acontecer, coloca-se em risco o sucesso do praticante. Devem existir também objectivos realistas de parte a parte para que o treinador não chegue a um ponto em que tem mais expectativas do que o próprio atleta. Neste aspecto, a comunicação entre ambos é importante e se não for tida em conta pode ser mais uma grande barreira.
FG - Qual a sua opinião, para a distribuição de clubes por três Zonas Continentais (Norte, Centro e Sul) e duas Insulares (Açores e Madeira) em virtude da existência de poucos clubes filiados?
PP - Sinceramente, não discordo de haver uma competição zonal. O que não concordo é com os moldes em que decorre e na interferência que os zonais têm com a verdade desportiva das competições nacionais. A competição zonal deveria, quando a mim, apostar mais em trazer atletas do desporto escolar, para iniciarem-se em competições desportivas, enquanto que, os atletas mais evoluídos deveriam fazer a competição nacional apenas.
FG - Vale a pena estudar e alimentar o sonho de ser um atleta de elite em Portugal, atendendo às dificuldades financeiras, logísticas, físicas, entre outras?
PP - Esta pergunta deve ser colocada aos atletas de elite em Portugal, pois estão cientes da sua situação. Infelizmente, como não treino nenhum atleta de elite, não posso ter uma resposta.
FG - As Associações Regionais de Badminton, no Continente estão, com poucas ou nenhumas condições, para o desenvolvimento da modalidade. O que fazer para ultrapassar esta situação?
PP - Não são só as Associações de Badminton, são os clubes também. É difícil indicar uma resposta pois isto tudo é reflexo da crise que o país atravessa.
FG - Qual a sua avaliação, sobre o blogue Linhas & Finas + Badminton?
PP - O blogue Linhas & Finas tem como autor, uma pessoa que eu lembro-me desde sempre no Badminton e, entrei cedo para o Badminton. Isso para mim, diz muito do amor que o João Boto tem à nossa modalidade. Acompanho regularmente, pois tem muita informação sobre o badminton português e não só. É um trabalho meritório, pois percebo o desgaste constante provocado por ataques ou guerrinhas, quer tenham ou não razão de ser.
FG - Qual a sua opinião, sobre a não verdade competitiva, que se observa no Badminton Escolar, onde os mais qualificados jogadores federados participantes, em provas organizadas pela FPB também disputam, as competições escolares provocando, um grande desequilíbrio competitivo?
PP - Como estou fora do sistema educativo, a minha visão não é a mais abalizada, no entanto, quando estudava não me permitiram competir por ser federado, agora qualquer aluno pode participar na competição, independentemente de ser federado ou não. Se é injusto agora? Se calhar, no meu tempo era mais injusto…

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