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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Luis Quináz antigo Campeão Nacional escreve artigo no site da Academia de Badminton

Já conheço o Daniel Moura e a Filipa Lamy há muitos anos, desde a sua chegada ao badminton nacional, por razões óbvias. É que eu sou jovem há muito mais tempo do que eles. Já eu tinha abandonado a competição quando eles se iniciaram. Na altura, o meu contributo para o desenvolvimento do Badminton estava vocacionado para a formação inicial de treinadores e de professores de Educação Física. Há uns tempos eles convidaram-me para aparecer na Academia do Badminton, um local onde se joga badminton mas com um conceito diferente do clube tradicional. Aqui chegam jogadores de vários clubes. Aqui aperfeiçoa-se o
jogo para perto da excelência. Mas deixem-me voltar atrás até ao ano de 1972. Este foi o ano do lançamento do Badminton português a nível internacional. Foi o ano da constituição da primeira Selecção Nacional que deu o primeiro passo participando na célebre e já extinta prova “La Plume d’ Or”, realizada na Suíça naquele ano (Luis Quináz, 2º à esq. na partida para La Plume d’ Or de 1972). Conhecida, durante muitos anos, como Torneio das Cinco Nações destinava-se a um conjunto de países que apresentavam um nível de jogo mais fraco no circuito europeu, no entanto mais experiente que o nosso – Suíça, Bélgica, Checoslováquia, França e Portugal – e ia-se realizando alternadamente em cada um daqueles cinco países até à entrada da Espanha e Itália. As nossas motivações eram orientadas pela preocupação com o desempenho e com os resultados das competições. Mas para além destas era de realçar uma que se revelava muito importante para nós jogadores principiantes nestas andanças – Como é que eles treinavam? Como eram os seus métodos de treino? Como se podia treinar melhor para obter melhores resultados?
Sendo uma modalidade com um elevado nível de qualidade e participação nos países do norte da Europa e Escandinávia, era natural que qualquer competição com jogadores daquelas regiões criava uma excelente oportunidade para, mais uma vez, se saber o que é que eles faziam nos treinos. Assim, quando participei no All England em 1974, questionava os outros jogadores, aprendia com os seus treinadores e assistia aos seus treinos. Nas poucas competições fora do país que se faziam na altura, todas as migalhas eram aproveitadas e alguma coisa era aplicada por cá. Passou a dar-se importância à formação de monitores e treinadores, pelo que em 1978 foi organizado o 1º Curso de Treinadores pela FPB, que até ao presente tem mantido essa formação.
De então para cá muita coisa mudou no badminton nacional. Muito mais competições no circuito internacional, apuramentos e participações nos Jogos Olímpicos, Europeus e Mundiais, estágios no estrangeiro, assim como treinadores estrangeiros residentes. O jogo que já era rápido tornou-se ainda mais rápido. Os nossos jogadores evoluíram muito nestes contactos com o badminton de alto rendimento tendo alcançado excelentes resultados e óptimas classificações no ranking mundial, quer em singulares quer em pares. Treinadores jovens aprenderam com treinadores experientes. Jogadores passaram a treinadores e toda essa experiência passou a ser transmitida aos novos talentos.
É precisamente isso que se passa aqui na Academia do Badminton. Os conhecimentos adquiridos pelo Daniel Moura e pela Filipa Lamy estão a ser aplicados nos planos de treino de todos que procuram esta Academia com o objectivo de melhorarem o seu badminton. A fusão dos conhecimentos de um enquanto treinador e do outro enquanto jogadora são uma mais-valia que deve ser aproveitada. Parabéns pela iniciativa.
Luís Quinaz
Professor de EF

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