As escolhas de Tom John

Começa amanhã em Varsóvia o Campeonato da Europa de Equipas Homens e Senhoras (Thomas & Uber Cup). Portugal de resto, marcará presença na Polónia com duas equipas, masculina e feminina.

Linhas & Finas colocou no seu blog ao longo de 10 dias uma sondagem, onde era pedida a opinião dos nossos leitores sobre as escolhas do seleccionador nacional Tom John para Varsóvia, quer de atletas masculinos quer das atletas femininas. Responderam a esta sondagem 73 leitores que de forma anónima opinaram sobre as 3 questões colocadas na sondagem e cujos resultados revelamos aqui:

Concordo totalmente: 18 respostas correspondendo a 24,66 %

Não concordo:  8 respostas correspondendo a 10,96 %

Concordo em parte: 47 respostas correspondendo a 64,38 %

Não serão relevantes os números desta sondagem, no entando fica claro que a grande maioria dos nossos leitores apenas "concordam em parte" com as escolhas de Tom John. Temos de ter em consideração que Portugal sofre desde algum tempo de um enorme défice de atletas de qualidade internacional, senão vejamos:

Pedro Martins que completou ontem 20 anos de idade, é para já, tal como Telma Santos (26 anos) e Helena Pestana (19 anos) em espaços as referências actuais do Badminton português.

Marco Vasconcelos e Fernando Silva, actuais treinadores das selecções nacionais de sub11,13 e 15, apesar das qualidades que ainda mantém, não deixam de ser actualmente apostas de recurso de Tom John, isto apesar de Fernando Silva/Hugo Rodrigues, continuarem sem oposição interna, sendo de longe o melhor par homem português da actualidade. Nuno Santos e Gil Martins, continuam a ser "promessas" adiadas, muito por culpa, da quase nula  participação dos atletas em provas internacionais do circuito europeu ou mundial.  Tomás Nero e Rafael Lopes de 17 e 18 anos respectivamente, perfilam-se como próximos seguidores de Pedro Martins, mas para o conseguirem terão, para além do muito trabalho que os espera nos treinos, terem ainda todo o  apoio quer de clubes, quer da FPB para uma maior participação em provas internacionais. No sector feminino, Ana Moura deixou de ser opção, pois o curso de medicina é prioritário, tal como Ana Reis, que parecia estar a caminho de se tornar numa das melhores atletas nacionais, mas que de repente se esfumou! Vânia Leça continua regular, Claúdia Figueira e Teresa Figueira são as opções mais válidas e de continuidade, por isso se percebe as escolhas do seleccionador.

O futuro no nossa modalidade pode estar nas mãos de Fernando Silva e Marco Vasconcelos, que encetaram na passada temporada um trabalho que será de suma importancia para o Badminton Nacional nos estágios que realizam com os sub11,13 e 15. A aposta na participação de alguns desses jovens em provas internacionais, é o elo que faltava para um maior desenvolvimento técnico ou táctico dos atletas. O CAR permite de facto melhores condições de trabalho, mas se os "miudos" não tiverem um programa de acompanhamento e treino diário ou bi-diário nos seus clubes, de nada servirá com apenas 4 ou 5 estágios por temporada.