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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Linhas sem Nó! - Rúbrica quinzenal assinada por Luís Neves

Após o periodo natalicio e de ano novo, retomamos hoje a habitual rúbrica quinzenal "Linhas sem Nó!" da responsabilidade de Luís Neves.


Campeonato Nacional de Equipas Mistas
Decorreu no 2º fim-de-semana de Janeiro o Campeonato Nacional de Equipas Mistas dos Escalões de formação, em primeiro lugar há que dar os parabéns a todos os clubes participantes e respectivos atletas, treinadores e dirigentes, com o devido destaque aos que se sagraram Campeões Nacionais, pois sem dúvida nenhuma que a capacidade de estar presente num campeonato de equipas é reveladora do trabalho e esforço desenvolvido nos respectivos clubes, e nesse ponto temos que todos reconhecer o relevo e consequente mérito que tem tido ao longo dos anos a CHEL e que ficou largamente demonstrado não só pelas vitórias alcançadas, mas essencialmente pela capacidade de ter atletas em número suficiente para se fazer representar nos 4 escalões em prova.
No referido Campeonato estiveram presentes 9 Clubes, dos quais 5 só participaram num escalão, 3 em 2 escalões e depois temos o caso único e excepcional da CHEL, ora se é para conseguir resultados destes que se tem uma Federação que custa aos cofres dos estados cerca de 600 mil euros por ano e cujo objectivo principal é o da promoção e divulgação do badminton no Território Nacional… então ou somos um País muito rico…ou então o badminton é um desporto caríssimo…
Para os que conhecem o badminton nacional o reduzido número de praticantes é o grande problema da modalidade, aliás a FPB nos seus sucessivos Planos de Actividades tem o referido com insistência, no entanto ainda não teve nem arte nem engenho de fazer com que essa realidade se inverta, e eu sinceramente penso que tal não é possível com medidas avulsas como as tomadas até agora, como o são o novo sistema competitivo ou a tentativa de colagem ao Desporto Escolar. Na minha opinião o sistema competitivo actual não serve no propósito de incrementar o número de atletas pois não permite que os jovens tenham ao longo da época muitos jogos em competição, e o Desporto Escolar não é a solução milagrosa que alguns tentam fazer crer pela simples razão que o próprio Desporto Escolar enferma numa deficiência estrutural que é o facto de não existir no 1º Ciclo do Ensino Básico, aliás não existe DE nem qualquer outra actividade desportiva digno desse nome no 1º Ciclo.
Eu julgo que um dos caminhos que se podia e deveria seguir era criar um Plano a nível Nacional que tivesse como objectivo a promoção e divulgação do badminton junto dos meninos do 1º Ciclo (dos 7 aos 10 anos), tentando criar protocolos e parcerias entre os clubes, escolas e autarquias, podendo dessa maneira pôr toda uma população em contacto com o Badminton o que iria inclusive potenciar o Desporto Escolar que existe no 2º e 3º ciclo, pois os alunos quando aí chegassem já tinham tido contacto com a modalidade, por outro lado eu julgo que nesse plano faria todo o sentido fazer renascer o escalão dos sub-9, tentando criar 3 ou 4 torneios por época o mais localizado (Concelho, Distrito, Zona) que fosse possível face ao número de praticantes existentes (sub-9 e sub-11) nas respectivas zonas geográficas, torneios esses em que embora com a componente “competição”, tivessem como principal objectivo a participação e consequente habituação a esse tipo de evento desportivo, onde inclusive a distribuição de prémios não fosse só para os vencedores mas houvesse prémios de participação para todos. Mas é óbvio que uma iniciativa de criar um projecto a nível nacional necessita de ter uma liderança, e também é óbvio que essa responsabilidade cabe a FPB.
Eu julgo que as possibilidades a considerar para um projecto desta natureza são inúmeras e variáveis em função de diversos factores, mas fundamentalmente no que eu acredito é que o futuro do badminton em Portugal está não na qualidade dos seus praticantes mas sim na quantidade desses mesmos praticantes (já que a qualidade é resultante da quantidade e não o inverso), e também acredito que o presente do Badminton está nos mais jovens e que esse trabalho deve ser iniciado o mais cedo que for possível, se alguém tiver dúvidas disso veja o que se passa na CHEL, os meninos são postos em contacto com a modalidade desde tenra idade, é óbvio que depois disso existe um trabalho de excelência e sacrifício de todos liderados por Dirigentes de muito valor como é o caso do Sr. Diamantino, o somatório desse trabalho com as levas sucessivas de novos meninos ano após anos a chegar a CHEL e a serem confrontados com o Badminton ao mesmo tempo que admiram os “craques” de hoje (Pedro, Amélia, Rafael, Daniela, Ricardo, Mariana, etc.) os quais eram os meninos de ontem, leva-os a contagiarem-se e a motiva-los a praticar a modalidade, e é isso que se deve generalizar por todo o território nacional.

Luís Neves

P.S. alguém me saberá me informar porque é que não houve equipas mistas em Sub-11? Eu até perguntava à Direcção da FPB, mas como o mais certo era não me responderem nem me dei ao trabalho…

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