Jovens com boa aptidão física têm QI mais elevado

Os nossos leitores mais atentos e interessados, de vez enquando fazem-nos chegar alguns artigos/textos interessantes, que apesar de não falarem de badminton, estão de certa forma relacionados com a modalidade. Este é um deles, e que este blog não poderia deixar de publicar. O texto pode igualmente tornar-se bastante útil perante alguns incrédulos. O artigo da PNAS,  foi-nos enviado pelo Dr. Mário Albuquerque, ele que assumiu este ano, as funções de treinador de badminton  na Associação Musical Recreativa e Cultural de Travanca.

O estudo, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), envolveu um milhão e duzentos mil homens suecos, nascidos entre 1950 e 1976, os quais cumpriram o serviço militar.

Para a avaliação foram considerados os resultados dos testes de aptidão física e de QI.

O estudo evidenciou uma clara relação entre boa condição física e melhores resultados nos testes de QI, nomeadamente nos itens de raciocínio lógico e compreensão verbal. Curioso foi o facto de se ter verificado que os itens associados a um QI mais elevado eram os relativos à boa forma física (fitness) e não os relativos à força muscular.

Do universo de indivíduos em estudo, os cientistas analisaram os dados de gémeos e verificaram que um QI elevado estava fortemente relacionado com factores ambientais e não com os genes. Segundo a investigadora Maria Åberg, o estudo verificou que “melhorar a forma física entre os 15 e os 18 anos aumenta o desempenho cognitivo”.

Deste modo, refere a especialista, “a educação física é extremamente importante nas escolas e é uma necessidade absoluta se quisermos que os alunos tenham bons resultados a matemática e a outras disciplinas teóricas”.

Os cientistas também compararam os resultados dos testes de aptidão física durante o serviço militar com o estatuto socioeconómico dos homens adultos. Verificou-se que quem tinha uma boa condição física aos 18 anos tinha também uma maior probabilidade de entrar no ensino superior.

A ligação entre a aptidão física e o desempenho mental tem sido demonstrada em vários estudos realizados em animais, crianças e idosos. No entanto, até à data, os estudos sobre os jovens adultos têm sido contraditórios.