Pedro Pedroso
Introdução - Pedro Pedroso, atleta Sub-17 do Desportivo de Castelo Branco, natural de Lisboa e residente em Castelo Branco, é estudante do 11º ano, na Escola Secundária Amato Lusitano.
Presentemente encontra-se ordenado, no "Ranking Nacional / Sub-17", no 14º lugar em Singulares Masculinos e em 9º lugar nos Pares Masculinos, com o seu colega João Nunes.
No “Ranking Zonal” Pedro está em 3º lugar, nos Singulares Masculinos e nos Pares Masculinos com o seu colega João Nunes.
Fernando Gouveia - Porque escolhes-te, o Badminton como o teu desporto preferido e qual foi, a reacção da família e com que idade começaste, a praticar a modalidade?
Pedro Pedroso - O meu interesse pelo Badminton nasceu nas aulas de Educação Física do 6º ano. Por mais “clear's” que fizesse, nunca me fartava de passar o volante para o outro lado da rede. No final do 7º ano ganhei o meu primeiro Distrital do Desporto Escolar em Castelo Branco, na altura como Infantil; lembro-me que fiquei entusiasmadíssimo e a partir daí soube que era a modalidade que me ocuparia o tempo livre. Quando o primeiro clube federado da região apareceu, foi inevitável que eu me juntasse ao grupo, logo nos primeiros dias. Continuo envolvido no Desporto Escolar da AEAL, que considero ter sido muito importante no meu desenvolvimento, visto que realizei muitos treinos à parte graças ao mesmo. Os meus pais sempre me incentivaram a seguir uma modalidade de que gostasse, e gostam imenso de me ver jogar, sempre me apoiaram muito. O Badminton faz cada vez mais parte da minha vida e tenho a certeza que é algo que quero praticar durante muitos, muitos anos. Tenho aprendido muito, crescido muito, e é um desporto muito mais complexo do que aquilo que eu pensava, no início, que me ia meter.
FG - Quem te influenciou para praticares esta modalidade praticada em 135 países?
PP - Nas aulas do 6º ano, o meu professor era já o professor António Rosa, um dos meus actuais treinadores, por isso posso dizer que o bichinho veio da parte dele. Tem-me acompanhado na modalidade desde aí, sendo que ele sempre foi um grande aficionado do desporto.
FG - Quais os teus planos até final da temporada?
PP - Sei que ainda tenho muito que aprender dentro do Badminton, por isso gostaria de realizar o máximo de competições possíveis, e jogar com os melhores, porque é com eles que se aprende. Este ano um dos objectivos era estar presente em todas as jornadas nacionais e nelas realizar uma boa prestação, sendo que a minha definição de boa prestação não é ganhar, mas dar o meu melhor e sair do campo satisfeito; tenho-o conseguido até agora. Até final da temporada gostaria de chegar às meias-finais a SH, e voltar a fazê-lo a PH. Estes são também os meus objectivos para os Campeonatos Nacionais (a nível federado e do DE) que espero não falhar. Para além disso, subir novamente no “Ranking Nacional”, e talvez voltar ao Top10.
FG - Tens amigos, no DCB e já conseguiste amizades, com atletas de outros clubes?
PP - Posso dizer que os meus melhores amigos são do DCB, é com eles que passo mais tempo e com eles que se fala de tudo. De outros clubes não tenho ninguém como cá, mas já conheço imensas pessoas e dou-me bem com todas elas, especialmente com o pessoal da Zona Centro, que é quem vejo mais vezes. No Nacional ainda não tive oportunidade, mas parecem todos muito boas pessoas!
FG - Qual foi o torneio que te deixou melhores recordações e porquê?
PP - Já tive jogos fantásticos nos Zonais, exaustivos e com muito apoio vindo das bancadas. Há uma rivalidade saudável entre nós, mas como já disse, dando-nos todos bem. O primeiro Zonal em que participei consegui trazer para casa o 3º lugar a Singulares Masculinos e fiquei muito satisfeito. Agora, quero sempre mais em cada jogo que faço. Ainda não consegui conquistar um 1º lugar tirando nessa mesma época um a pares, embora já tenha chegado a mais finais; no entanto, estou a treinar para que isso aconteça. A meia-final nacional de Pares Masculinos, este ano foi também sem dúvida um grande momento e, para além destes, o Torneio Luso-Espanhol em Évora, o ano passado, pelo ambiente fantástico e pela final de Pares Masculinos / Sub-19 com o José Santos!
FG - Qual é o teu maior sonho, como jogador de Badminton e como estudante?
PP - Como estudante, de momento, não tenho um objectivo em concreto, mas talvez o meu futuro passe pela área das engenharias. Tento obter bons resultados para que a minha média não me impeça de seguir um sonho que está ainda por definir, embora não seja nenhum génio, nada disso. Quanto ao Badminton, tenho noção que será muito difícil (um sonho mesmo), muito mais que para muitos dos restantes portugueses, mas algo que sempre esteve nos meus planos foi viajar pelo mundo, e se puder fazê-lo enquanto pratico o que mais gosto, então não poderia pedir melhor. Gostaria um dia começar a competir a nível internacional e, quem sabe, chegar aos Superseries.
FG - Para além do Badminton, quais são os teus outros passatempos?
PP - O meu horário escolar não me permite outras grandes actividades. Quando não estou na escola ou nos treinos é porque fui ter com as pessoas que me são mais chegadas, ou então estou em casa a estudar ou simplesmente a descansar (mas , vejo muita tv também).
FG - Qual é a importância que dás, em praticar actividades desportivas e quais são os aspectos positivos e os negativos de seres um atleta?
PP - Acho que devia fazer parte da vida de todas as pessoas, por mínimo que seja. Alivia imenso o stress, crescemos muito em termos de respeito, concentração e comprometimento, sentimos-nos muito mais saudáveis e bem-dispostos. Todos os que me conhecem sabem que eu estou sempre bem-disposto e pronto para uma risada, e acho que muito disto se deve à prática de actividades desportivas. Quanto aos aspectos negativos: uma lesão ou outra; da minha parte é a única coisa que me queixo! Não faz parte da minha definição de desperdício de tempo como é para muitos. De resto, só coisas boas mesmo.
FG - Quem é o teu treinador, quantos treinos efectuas por semana, com a duração de quanto tempo e consegues conciliar bem com a escola?
PP - Tenho 3 treinos de hora e meia por semana. Sabem sempre a pouco, especialmente quando o treino foi menos conseguido. No entanto, se tivesse mais, não sei se conseguiria conciliar tão bem com a escola como tenho conseguido. Sinceramente admiro quem é capaz de treinar todos os dias, é preciso ser-se muito sério, para não falar do quão exaustivo deve ser. Nada que não gostasse de experimentar!
FG - Na escola, os teus colegas e professores admiram-te, por seres atleta de Badminton do DCB?
PP - Tem havido muita gente a interessar-se não só pelo meu trabalho no Badminton, como pelo do resto dos atletas da nossa Secção. É bom sinal. Sinal que estamos a fazer um bom trabalho e que é para continuar a melhorar. Ainda existe aquele cliché de “ah e tal Badminton é fácil” na minha cidade, que é muito virada para o Futebol, mas com o tempo nós vamos alterando isso.
FG - Gostas das deslocações a Caldas da Rainha e jogares no CAR?
PP - Jogar no CAR é fantástico, tem umas instalações bastante boas. Quanto às deslocações são um pouco longas, quando saímos de lá tarde então não é muito agradável, mas vale sempre a pena. Para além disso, a carrinha do DCB vai sempre animada (como eu disse sou um rapaz bem-disposto)!
FG - O que mais gostas de ler, no blog linhas & finas /+ badminton?
PP - Costumo ler as entrevistas dos outros atletas e as prestações dos mesmos lá fora. Nos últimos tempos tenho seguido a participação do Pedro Martins e da Telma Santos, nas competições rumo ao Rio-16 (também aquilo a que o blog tem dado mais atenção). Desejo-lhes desde já boa sorte e que continuem com o excelente trabalho!
FG - Gostarias de fazer algum tipo de agradecimento que te tem ajudado no Badminton?
PP - Um especial agradecimento ao professor António Rosa e ao professor Luís Amaro pela paciência e tempo que “gastam” connosco; há que admirar o excelente trabalho que eles têm feito, o que têm aprendido, e que nos transmitem nos treinos para sermos melhores; são eles quem nos apoia mais. Aos atletas do DCB e pelos momentos que já passei com eles; foram o melhor que me aconteceu até hoje. Aos meus pais que aturam o miúdo todos os dias, pelo esforço que fazem para que possa desfrutar do que a vida me permite e por se disponibilizarem para tudo. Quero agradecer também ao Engº Luís Caiola, presidente do Desportivo de Castelo Branco, pelo apoio que dá à nossa Secção de Badminton, e a si professor Fernando Gouveia por esta entrevista. Muito obrigado! Vamos DCB!


Sem comentários:
Enviar um comentário