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segunda-feira, 23 de março de 2015

Entrevista com... Sónia Gonçalves, conduzida pelo Prof. Fernando Gouveia.

Entrevista com...
Sónia Gonçalves

Introdução - Sónia Gonçalves, atleta do Famalicense Atlético Clube, de 20 anos de idade é natural de Vila Nova de Famalicão, sendo estudante de Educação Física e Desporto, no Instituto Universitário da Maia.
Presentemente encontra-se ordenada, no 1º lugar, do "Ranking Nacional" em singulares, com 1110 pontos e no "Ranking Mundial" no 258º lugar com 4870 pontos.

Fernando Gouveia - Como é que a Sónia surge no Badminton e no Clube que representa?
Sónia Gonçalves - Tomei conhecimento da modalidade através do Desporto Escolar, tendo participado num torneio em que o venci e na altura o meu professor (Sérgio Torrão) sugeriu-me a experimentar a modalidade num clube. Assim fui ter ao FAC.
FG - Quantas unidades de treino efectua por semana?

SG - Faço nove sessões de treino, em que seis delas são no court, divididas por trabalho técnico, táctico e físico e ainda complemento com mais duas sessões de crossfit e uma de corrida. Para além disso, tenho também um plano de nutrição.
FG - Os adeptos do Badminton ficaram surpreeendidos e a Direcção do FAC manifestou profunda indignação por não ter sido convocada, para os Internacionais de Portugal. Porque teria acontecido esta situação?

SG - Desconheço as razões e como não gosto de especular, prefiro não dizer mais nada.
FG - Quais os planos até ao final, desta temporada?
SG - Relativamente ao plano internacional o meu objectivo é evoluir, ganhar experiência para ser cada vez melhor e subir no ranking mundial para me possibilitar pensar noutros objetivos. Quanto ao plano nacional, quero continuar a ganhar e tornar-me campeã nacional de absolutos.
FG - Para evoluir será mesmo necessário residir e competir num país estrangeiro?
SG - Sinceramente acho que não. Pelo que tenho visto e porque já treinei com vários treinadores portugueses e estrangeiros, as diferenças técnicas são praticamente imperceptíveis. A ideia que passam sobre o treinador português (menor qualidade) na minha opinião não é verdadeira. Para mim é tudo uma questão de cultura e mentalidade de trabalho. A diferença está muito mais no atleta e na disponibilidade motora e espírito de sacrifício e na dedicação que cada um oferece. 
FG - O Badminton transformou, a sua vida? Em que sentido?
SG - Sim. Aprendi a ser mais regrada, disciplinei-me em termos comportamentais, melhorei a minha auto-estima e mudou-me a respeitar as diferenças. O badminton mudou-me e eu moldei-me ao badminton.
FG - Qual o ponto forte do seu jogo? Quais as suas principais qualidades, que se destacam em campo?
SG - Sou “agressiva”, competitiva, e gosto de ser imprevisível. Tento pôr em todos os meus jogos estas três características, no entanto a minha maior arma é a força.
FG - Desde que pratica Badminton, quais foram os momentos mais marcantes e afectivos, porque passou?
SG - Os momentos mais importantes e afectivos até agora, foi o meu primeiro título de campeã nacional, a minha ida ao campeonato da europa de equipas seniores e a minha participação no campeonato da Europa sub-19.
FG - Tem algum objectivo muito especial?
SG - Sim, gostava um dia de poder ir aos Jogos Olímpicos.
FG - Já participou em muitas competições no estrangeiro. O que mais a impressionou, relativamente à organização e cultura desportiva em países, que trabalham o desporto ao mais alto nível?
SG - Impressionou-me os apoios que os atletas têm e a forma de como são tratados. Em Portugal o menos importante são os atletas. Reprovo claramente esta ideia, mas é a nossa infeliz realidade. 
FG - A Sónia já pensou, no que vai fazer quando parar de competir?
SG - Quando parar de competir quero dedicar-me à minha profissão, essa que espero ter um dia, que é ser professora.
FG - Como é a sensação de subir ao "pódio" em competições importantes?
SG - Logicamente que é uma sensação muito boa, mas no meu caso tenho sempre a sensação de que ainda não conquistei nada e que ainda há muito para conquistar.
FG - O que falta, para que o Badminton, em Portugal seja mais forte?
SG - Na minha opinião falta uma federação activa e não passiva.
FG - Qual o valor do desporto, para a sua vida?
SG - O desporto é a minha vida, é a base do meu bem estar e da minha alegria. Não vejo os meus dias sem atividade física. Daí a escolha do meu curso (Educação Física e Desporto), pois é aquilo em que eu me revejo e me imagino a fazer no meu futuro.
FG - Quais os resultados mais importantes de sua carreira?
SG - Ser Campeã Nacional em vários escalões e em várias provas. Ser Campeã Nacional é sempre marcante e muito importante. Mas eu traço objetivos e dedico-me a eles e cada objectivo alcançado é uma conquista (Campeonato da Europa de Equipas Mistas Seniores e Campeonato da Europa Sub-19).
FG - E qual é o aspecto que considera mais difícil? É a preparação física ou psicológica de um atleta?
SG - Para mim é a parte física, pois “fujo” um pouco do padrão de jogadora de badminton. Mentalmente sempre fui estável.
FG - Qual, a sua avaliação relativa, ao blogue Linhas & Finas/+ badminton?
SG - É um meio informativo que dá a conhecer a modalidade. Precisamos de mais coisas, deste género. È um bom blog, sempre actualizado e com boas informações.

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