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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Entrevista com... Bernardo Atilano - conduzida pelo Prof. Fernando Gouveia

Entrevista com...
Bernardo Atilano
Bernardo Atilano, atleta Sub-19, do Novasemente Grupo Desportivo, natural e residente em Lisboa foi eleito, pelo Blogue Linhas & Finas como "Atleta Revelação Masculino", conjuntamente com, o madeirense Duarte Anjo, referente ao ano de 2014. Um jovem com um futuro promissor, que tem apostado esta temporada no circuito europeu de juniores, e que queremos conhecer um pouco melhor.

Fernando Gouveia - Quem é o Bernardo Atilano, como pessoa?
Bernardo Atilano - Antes de mais, queria agradecer ter-me convidado para esta entrevista. O Bernardo Atilano como pessoa é um miúdo normal de 18 anos, que adora desporto, e em especial o Badminton. De resto uma pessoa que gosta de se divertir, de estar com os amigos, ir ao cinema, conhecer a Europa, e para além disto sou uma pessoa que gosta de estar sempre, com um sorriso na cara de boa disposição, mas por vezes é difícil, com tantas adversidades que tenho no Badminton. 
FG - Com que idade aprendeste, a jogar Badminton e quais, os clubes que já representaste?
BA - Comecei a jogar com 12 anos, por intermédio do meu melhor amigo, que me propôs ir a um torneio inter-turmas, porque ele considerava que eu era um ”boss” a jogar Badminton. Então decidi dar-lhe ouvidos e fui experimentar, o meu espanto foi que um miúdo, que ninguém conhecia de lado nenhum tinha ganho, aquele torneio ao melhor jogador do nosso escalão (o meu primeiro parceiro).
A partir dai começou a aventura que hoje estou a viver, e só lhe tenho de agradecer. Comecei então no Colégio do Amor de Deus, onde dei os meus primeiros “passos” neste desporto , passados dois anos mudei-me para o Clube Badminton de Cascais, com o Professor Luís Quinaz, onde comecei a ganhar mais “bagagem” muito por culpa de treinar com jogadores mais velhos, e pela experiência de jogador deste treinador, sendo, sempre por curiosidade o jogador mais novo destes clubes, posteriormente, conheci o Tim Willis e a Filipa Lamy, e passados dois anos decidi juntar-me ao projecto do Centro de Treino Racquetwork, e assinei pela, Associação Juvemedia, e este ano juntei-me ao Novasemente Grupo Desportivo.
FG - Seis anos, em plena actividade competitiva consegue-se de que forma? O que é que te mantém motivado?
BA - Devo confessar que a vida de um atleta é muito complicada, temos de lidar com os sucessos, as pressões, as derrotas, tudo isso faz parte da vida de um atleta. O mais complicado é sem duvida ao longo de vários anos, todos os dias as mesmas rotinas, as mesmas pessoas, torna-se por vezes repetitivo… mas são nestas alturas que nos temos de auto-motivar, falar com as pessoas certas, etc.. Os torneios, os bons resultados, mantêm-me motivado, mas sobretudo acho, que e a minha evolução enquanto jogador e enquanto pessoa que me mantém mesmo motivado. Saber, que à meia dúzia de anos, não sonhava estar no patamar que agora estou… isto sim acho que é a minha fonte de motivação e penso para mim próprio, se já cheguei tão longe porque desistir agora? Mas para ser sincero é preciso muita força de vontade e muito querer para chegar longe em tudo na vida, mas sobretudo no desporto, neste caso no Badminton.
FG - Quantos treinos efectuas por semana, com a duração de quanto tempo e consegues conciliar bem com a actividade, como estudante?
BA - Este ano, visto que estou com objectivos bem diferentes, estou a treinar duas vezes por dia praticamente todos os dias, não só treino com raquete mas todo o tipo de treinos; ginásio, físico no court, na praia, etc. É difícil dizer os tempos de treino sem ser os de raquete, porque depende de muitos factores, mas num dia, que tenha duas vezes treinos no court então ai são 4.30h, por dia, nos outros e muito relativo, depende da altura da época, do meu estado físico, da existência de torneios, etc ... É sempre muito difícil alguém que tenha um objectivo elevado num desporto e ter muito tempo para a escola, porque entre treinos, torneios, estágios, viagens, lá se vai todo o tempo dos dias … mas até ao 12ºano nunca tive qualquer problema em conciliar os estudos com o desporto , este ano … não estou a estudar (entrei na universidade), mas desisti por duas razões: primeiro porque escolhi o curso errado e então fazer uma coisa, que não gosto, não ia conseguir até ao fim, por isso desisti, o segundo, porque me apercebi que se queria fazer boa figura nos torneios internacionais e principalmente, no Campeonato da Europa tinha de despender muito tempo para o Badminton, então decidi este ano parar, uma decisão em que os meus pais e família me apoiaram muito e por isso este ano esta “só” a ser dedicado ao nosso desporto. E ponho só entre aspas, porque é realmente muito cansativo … mas como se diz, quem corre por gosto não cansa.
FG - Qual a componente do treino, que mais gostas? 
BA - Sinceramente o que mais gosto é técnico-táctica. Para além de ser muito importante são coisas, em que eu tenho evoluído muito e por isso gosto de estar sempre a melhorar.
FG - Quem é o teu treinador, onde treinas e como é a relação Treinador/Atleta?
BA - Não tenho só um treinador, tenho dois o Tim Willis e a Filipa Lamy, apesar do Tim passar mais tempo comigo , visto que a Filipa tem um trabalho com horários muito exigentes, mas quando pode esta lá sempre. Mas a Filipa, quando estou fora, é incansável a mandar-me mensagens e a ligar-me é assim, que a relação atleta-treinador tem de ser, quando nós ganhamos ou perdemos o nosso treinador esta lá sempre connosco, e isto é o mais importante esta cumplicidade, pois só assim podemos evoluir. Este ano estou a treinar no INATEL em Lisboa e alguns dias da semana também usamos a Escola Filipa de Lencastre, também em Lisboa. 
FG - E o que gostavas de ser em termos profissionais?
BA - Sinceramente não sei muito bem, aliás, um miúdo de 18 anos saber o que quer para o seu futuro é um bocado complicado, mas apesar de não ter certezas nenhumas, acho que quero estar ligado aquilo que mais gosto de fazer, que é sem duvida o desporto, se possível claro associado ao Badminton. 
FG - Os principais badmintonistas, do mundo normalmente são especialistas em singulares ou pares. E tu o que preferes, e qual a tua opinião sobre esta situação?
BA - Se me fizesse essa pergunta antes deste ano, a minha resposta era que preferia pares, sem dúvida! Mas este ano estou a investir muito nos singulares, e agora é a prova que me sinto mais à vontade em jogar, e aquela em que estou a treinar cada vez mais para o Europeu, daqui a um mês! Por isso posso dizer que não só prefiro singulares, como, também pares homens, razão pela qual estou a fazer o "Circuito Europeu" nestas duas vertentes. Os grandes jogadores mundiais de Badminton são só especialistas, num tipo de prova por várias razoes: para ser um jogador de nível elevado temos de passar muito tempo a treinar certos tipos de batimentos específicos, de cada variante (por exemplo, treinos de pares consiste mais em drives e em batimentos rápidos, e nos singulares outro tipo de batimentos) por essa razão os jogadores escolhem uma variante do Badminton, e claro por razões físicas, visto que jogar uma prova ao mais alto nível com jogos a demorar, uma média de 40 minutos é impossível um jogador aguentar competir em mais do que uma variante.
FG - Recebes algum tipo de apoio ou patrocínio, para treinares e competir?
BA - Felizmente sim e só posso agradecer a todos os meus patrocinadores, porque sem eles estas viagens, pela Europa eram completamente impossíveis! Não só recebo apoio a nível de material como também a nível monetário. A nível de material tenho de agradecer à Yonex Europe, e a empresa do meu treinador Tim Willis (Racquetworx), por todo o material, que me tem dado (raquetes, roupa, sapatilhas, etc …) tudo, o indispensável para o Badminton, a nível monetário, tenho uma grande ajuda dos meus pais , que me conseguem apoiar , para alem da ON BOX e A MULTIFILTRA , que me dão uma preciosa e indispensável ajuda, nesta minha aventura pela Europa fora, tenho ainda neste capitulo monetário, mencionar o meu clube NGD, que também contribui para esta gigantesca ajuda.
FG - Como vês o teu futuro no Badminton?
BA - Espero que seja tão bom ou melhor, como o presente! Se já for igual pelo menos fico feliz, mas como sou uma pessoa que não gosta de desistir e de ficar com objectivos pequenos, o meu sonho é poder estar presente, nos Jogos Olímpicos e num Campeonato Mundial, e não só estar presente, como conseguir fazer historia para Portugal! Sei que ainda tenho um longo caminho para percorrer, mas quem sabe um dia posso olhar para trás e dizer que não era assim tao maluco por dizer isto.
FG - Para além do Badminton, quais são os teus outros passatempos?
BA - Para além do Badminton, a coisa que mais gosto de fazer é estar com os meus amigos, porque não os consigo ver e estar com eles muitas vezes, ou pelo menos quantas quereria e eles também me dão muita confiança e apoiam a 200% as minhas decisões e quando me perguntam para irmos sair a noite, e eu digo “não dá, porque amanhã tenho de me levantar cedo e ir para um torneio, eles nesta altura já me compreendem e apoiam muito, por isso, tenho sorte em ter estes amigos.Para além disto, gosto quando posso sair à noite, redes sociais, cinema, praia, piscina, enfim imensas coisas.
FG - Agora, que já tens alguma experiência competitiva internacional, o que achas da estrutura do Badminton em Portugal?
BA - Sinceramente não sei como lhe responder a essa pergunta, mas posso lhe dizer que a nossa diferença para o badminton europeu não é assim, tão grande como as pessoas pensam, pelo menos acho que os nossos resultados têm mostrado isso mesmo. Acho que é tudo uma questão de mentalidade e os clubes e as pessoas no geral, se entenderem e juntarem-se para um único objectivo, mas não me vou alongar muito mais em relação a este assunto.
FG - Quais as tuas perspectivas, para a participação, pela primeira vez, em representação, da Selecção Nacional, no Campeonato Europeu de Juniores?
BA - As minhas perspectivas, como sempre, em todas as competições em que entro são para dar o meu máximo e tentar ganhar a todo o custo, mas se não ganhar pelo menos ter a consciência que dei o melhor. Em relação ao Campeonato Europeu de Equipas, sei bem o que temos pela frente, o melhor país onde se pratica Badminton na Europa actualmente e há muitos anos, que é a Dinamarca, mas temos de dar o nosso melhor, e pelo menos o meu objectivo é arrecadar o segundo lugar no nosso grupo, infelizmente não dá acesso aos quartos-final, mas pelo menos gostava de melhorar o resultado que Portugal fez no Europeu de Sub-17 em 2011, disputado em Portugal, onde estive presente e ficámos em 3º lugar. Em termos individuais, principalmente, em singulares, o meu grande objectivo é tentar chegar aos quartos-final (8 melhores jogadores), mas sei que é muito difícil, mas é o objectivo, para o qual estou a pensar em cada minuto dos treinos. Sei que existe a probabilidade de lá chegar e de nem sequer passar da primeira ronda, mas pelo menos trabalhei para lá estar. Em pares homens, o nosso objectivo é chegar o mais longe possível, porque apesar do meu parceiro e eu já termos ganho 2 torneios internacionais, temos apenas uns meses de jogos juntos, por isso vamos encontrar pares, que estão muito mais rotinados que nós, mas pronto vamos à luta como sempre. 
FG - Qual será a sensação de envergares, o equipamento da Selecção Nacional?
BA- Já não é a primeira vez que vou estar num Campeonato da Europa pela Selecção Nacional, mas é sempre algo que nos faz ficar motivados, e querer dar ainda mais o nosso máximo, é uma sensação indescritível, estarmos com o nome de Portugal escrito nas nossas costas, e lutarmos por um titulo para o nosso pais. 
FG - Sentes-te muito ansioso antes das competições? Tens algum ritual ou superstição?
BA - Depende das competições, mas por norma sim, mesmo muito nervoso e ansioso. Lembro-me, por exemplo antes da final do Torneio da Finlândia, nessa manhã não consegui praticamente comer nada, tinha aquelas “borboletas a voar no estômago” mas depois estando dentro do campo, todos os nervos passam. Não sou, um rapaz assim de muitas superstições, mas gosto de ouvir as minhas músicas preferidas, antes dos jogos, para me concentrar e na noite antes dos torneios, peço ajuda ao meu avô, que infelizmente já não está cá, para me ajudar e dar sorte nos jogos, é ele que é a minha “boa sorte” nos jogos importantes. 
FG - És considerado, uma grande promessa do badminton português, pelos muitos bons resultados que tens vindo a fazer, como te sentes quanto a isso?
BA - Devo-lhe dizer que é sempre, um enorme prazer quando alguém me diz isso, porque como já disse anteriormente, há uns anos atrás era “mais um” que jogava Badminton em Portugal, e neste momento ser considerado um dos melhores é algo que me faz, ainda mais, querer melhorar os resultados e sempre com objectivos mais difíceis, mas pessoalmente o meu papel é treinar e mostrar em campo, aquilo que sei e aquilo que gosto de jogar e fazer.
FG - Quais os objectivos até ao final da presente época desportiva? E para a época de 2015 / 2016?
BA - Os meus objectivos para esta época como já disse anteriormente, em relação ao Campeonato Europeu, a nível nacional os meus objectivos para os Sub-19, o meu escalão é aquele que tenho reais objectivos, Campeão Nacional de Singulares e Pares Homens, agora volto a dizer, se os vou cumprir isso já não sei, mas se vou dar tudo o que tenho e o que não tenho, por isso ai sim vou. Em termos de Absolutos e Sub-21 é tentar ir o mais longe possível sem pressões, pois não sou favorito e nem são os meus escalões, por isso qualquer resultado que venha será excelente.
Gosto de pensar época a época e para lhe ser sincero, estou completamente focado nesta época, que vai a meio e vou entrar na fase mais importante. Por isso não lhe sei responder, como vai ser a próxima época, nem os objectivos para ela.
FG - O Badminton melhorou o teu carácter e a tua personalidade?
BA - Sem dúvida alguma que qualquer desporto, mas em especial o Badminton, aquele que estou familiarizado, muda caracteres e personalidades. Começamos a ver o mundo de outra forma, a tentar sermos melhores cada dia que passa, espírito de sacrifício, vontade, garra, amizades que ficam para a vida, etc … são imensas as vantagens para a personalidade de uma pessoa que o desporto traz.
FG - Como e porque vieste jogar para, o Novasemente Grupo Desportivo? 
BA- Foi a época passada que me comecei a dar mais com as pessoas de lá, porque no primeiro torneio nacional da época de 2013/2014 fiquei a dormir com o NGD, e comecei a ganhar a confiança dos seus directores, o carinho dos miúdos e dos pais deles, e a partir dai foi sempre a crescer esta amizade e este carinho. No final da época passada, o Luís Pinto apresentou-me uma proposta muito boa e tinha todas as condições para assinar pelo NGD, que para alem de ser o meu clube, e uma grande família que tenho, sempre que estou la fora toda a gente me manda mensagens de apoio, nos nacionais e equipas e um espírito de união incrível e que eu adoro no meu clube. 
FG - Qual foi o momento mais alto da tua, ainda curta carreira, até ao momento, a nível nacional e internacional?
BA - A nível nacional, até agora, foi sem dúvida, os resultados que obtive no Campeonato Nacional, do ano passado ao conseguir os dois títulos de pares em Sub-19 e ser Vice-Campeão Nacional nos singulares. A nível internacional não é muito difícil de adivinhar quais foram, para além de algumas meias-finais em que já estive presente, foram sem dúvida 5 momentos: Final do Torneio da Finlândia, ter ganho o Turkish Junior em Par Homem, ter ganho o Spanish Junior em Par Homem, ter estado presente, na meia-final, neste mesmo torneio em Singulares e sem dúvida ver o meu nome nos 12 melhores jogadores do "Ranking Europeu" de Juniores.
FG - Conseguiste captar amizades, com alguns adversários estrangeiros?
BA - Apesar de ser um desporto individual, como já disse, é um desporto onde até agora tenho amizades muito fortes, sobretudo com atletas portugueses, que no fim de contas, são meus adversários dentro de campo, e por isso é difícil separar ás vezes, estas situações de amizades quando se joga contra essa pessoa, mas é uma coisa que faz parte e então temos de lidar com ela. No estrangeiro é mais difícil, pois vemos poucas vezes essas pessoas, mas tenho excelentes relações, com imensos adversários, por exemplo, agora recentemente troquei de camisola com um dos melhores jogadores da Europa de Juniores , que eu gosto muito de ver jogar e já joguei contra ele, o holandês, Alex Vlaar, por isso sim consegui captar amizades com jogadores de outros países.
FG - A opção em emigrar, jogando em países mais evoluídos na modalidade poderá ser uma realidade futura?
BA - Sim, claro que poderá vir a ser uma opção , aliás esse é o sonho de um jogador que quer competir a alto nível, como eu quero, mas voltando a dizer agora só estou preocupado com esta época, se em Julho aparecerem propostas então, depois irei decidir.
FG - Já com uma boa carreira na modalidade, deves ter, com certeza, ídolos no Badminton? 
BA - Sim, claro que tenho muitos ídolos. Em Portugal devo dizer que o meu parceiro, Duarte Anjo é um dos meus ídolos, tem um talento nato para a modalidade, bem como os inevitáveis Pedro Martins, Telma Santos, Fernando Silva e claro a minha treinadora Filipa Lamy.
A nivel mundial o meu jogador preferido é o Lin Dan e ainda o dinamarquês Viktor Axelsen. 
FG - Como consideras, a tua muito boa participação, nos Internacionais de Espanha disputados, em Gijon? 
BA - Como o Professor Fernando disse, mesmo muito muito boa. Cheguei ao torneio à espera de fazer um bom resultado, para recuperar a motivação, pois tinha perdido alguma , na Hungria , depois de um jogo não muito bem conseguido, de singulares, mas são coisas que acontecem. E cheguei pela primeira vez a duas finais europeias, no mesmo torneio, coisa que nunca tinha imaginado. Infelizmente na final de Singulares tive de desistir, por questões físicas , para não pôr em risco a outra final, e como é óbvio o resto da minha época. Depois na final de Pares Homens sabia, que as coisas iam ser muito diferentes e por isso dei, o que consegui dar e vencemos a prova, mais uma para Portugal. Digo ainda que este torneio foi muito bom para Portugal no geral, porque mostrou mais uma vez, que não estamos assim tão distante, do melhor badminton europeu, como muitas pessoas pensam.
FG - Qual, a importância da presença, do treinador nacional, professor Jorge Cação, em Espanha? Porquê?
BA - Teve uma importância extrema, porque para além, da injeção de motivação, que o professor Jorge, nos consegue dar, nos momentos mais importantes do jogo , nesses mesmos momentos consegue dizer pormenores tácticos-técnicos, que nós jogadores ainda com pouquíssima experiência, por vezes fazem falta nestes momentos principalmente, quando vamos lá fora, por nossa conta , que infelizmente acontece a maior parte da vezes. Mas a presença de um treinador é sempre muito importante para um jogador.
FG - Descreve, o companheirismo entre, os atletas que contigo têm participado, nas competições no estrangeiro?
BA - Normalmente vamos os 4 rapazes ( eu , o Duarte Anjo , Ricardo Silva e o Ângelo Silva), e então estamos os 4 por nossa conta. Somos muito unidos, mas nestas alturas ainda mais, sobretudo alguém atrás do campo, ou como por exemplo, aconteceu na Hungria, um de nos estar a fazer literalmente “piscinas” campo em campo, para tentar que aos 11 pontos esteja lá alguém para, nos “refrescar” a cabeça, para o que falta do jogo. Por isso, devo dizer que temos todos, uma grande ligação, e para além disso irmos lá fora por nossa conta, ganhamos muita maturidade em termos pessoais e associados ao jogo em si, visto que temos de ser nós, a tirar as nossas próprias conclusões e análises dos adversários.

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